A chegada ao nosso país da TV Digital, possibilita que a TV aberta ofereça ao telespectador novas aplicações entre as quais a TV portátil que é a possibilidade de assistir, gratuitamente, todo o conteúdo das emissoras abertas brasileiras em aparelhos de uso pessoal, como mini-TVs, Palm-tops e celulares. O trabalho tem como principal objetivo, propor uma agenda estratégica que possa gerar vantagem competitiva sustentável para a Globo na prestação do serviço de TV portátil. A pesquisa é aplicada, documental e participante, e seguiu a metodologia de estudo de caso com duas unidades de análise, a Globo e a Vivo, ambas líderes em seus setores de atuação. É apresentada uma panorâmica das indústrias de TV aberta e telefonia celular brasileiras, os modelos já desenvolvidos nos dois países que já vivem uma experiência de TV portátil no mundo, o Japão e a Coreia do Sul, e também, o cenário brasileiro ainda incipiente da TV portátil. A análise do ambiente é realizada por meio das seis dimensões inter-relacionadas propostas por Barney & Hesterly, as duas indústrias são analisadas através do modelo de 5 forças de Porter, e, para a análise dos recursos internos estratégicos da Globo e da Vivo, são utilizados, a visão baseada em recursos e o ferramental do modelo VRIO. O trabalho conclui, utilizando como ferramenta o framework unificado do Modelo Delta, com a proposta de uma agenda estratégica para o reposicionamento da Globo de uma estratégia de melhor produto, para um posicionamento de system lock-In, por meio de troca dominante. Além disso, propõe a construção de um modelo híbrido para a TV portátil, onde as duas empresas atuariam como complementadores.