A crescente expansão das atividades sociais efetivadas pelas Organizações Não-Governamentais (ONGs) têm sido constante nas sociedades contemporâneas. Este modelo de intervenção social traz como pano de fundo a redefinição do papel do Estado, aliado ao predomínio da lógica mercadológica e suas conseqüências sociais. No Brasil, o cenário não é diferente, na medida em que o Estado legitima a ação dessas ONGs por meio do estabelecimento de parcerias que possibilitam que suas responsabilidades sejam desenvolvidas através da efetivação de ações sociais coordenadas pelas ONGs. Nesta dissertação buscou-se traçar o perfil das Organizações-Não-Governamentais localizadas na cidade de Manaus/AM, assim como dos profissionais de Serviço Social que atuam nessas organizações, com o objetivo de coletar dados que possibilitassem conhecer os desafios e possíveis limites impostos a esses profissionais. Neste sentido, foi feita uma pesquisa com as assistentes sociais que desenvolvem seu trabalho junto a ONGs que mantêm convênio com a Secretaria de Estado de Assistência Social do Amazonas. Para dar suporte teórico às propostas neste trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico e documental acerca do tema. Os resultados encontrados levam a concluir, ainda que preliminarmente, que o Serviço Social não ficou imune às mudanças societárias em curso, desde a década de 1990. Antes, sofre diretamente, seja nas requisições que lhes são direcionadas pelas mudanças na fatia do mercado de trabalho que lhe cabe, pelos impactos gerados pelas relações que se estabelecem entre Estado, mercado e sociedade, que vai se (re) construindo na atualidade.