Título: | A REALIZAÇÃO DE UM IMAGINÁRIO SOBRE A SECA DE 1915 A PARTIR DO ROMANCE DE RACHEL DE QUEIROZ | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor: |
SUELEN MARIA MARIANO DE SOUSA |
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Colaborador(es): |
FLAVIA MARIA SCHLEE EYLER - Orientador |
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Catalogação: | 14/ABR/2010 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=15484&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=15484&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15484 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A narrativa literária abre a possibilidade tanto para o leitor, quanto para o
autor, de vivência de outras experiências, inimagináveis no cotidiano de ambos. A
imaginação entra em cena, e concede inúmeras possibilidades de significações
delimitando a especificidade do discurso ficcional literário, que se destaca de
outras formas discursivas por nele se estabelecer a tematização do imaginário. A
formação discursiva da obra literária é própria à literatura. Como discurso do
imaginário, devolve para o sujeito a diferença e não apenas o esperado. A partir
dessa premissa utilizo o romance de Rachel de Queiroz, O Quinze, como objeto
de análise. A autora irrealiza a seca de 1915 de maneira que ao seu leitor é dada
a possibilidade de ativação de um imaginário em que uma calamidade física atua
no indivíduo de tal forma que é capaz de lhe moldar ou de acentuar a firmeza de
seu caráter. Busca-se enfatizar a existência de um outro caminho para a realização
do trabalho historiográfico que tem como objeto obras ficcionais. Ressalta-se o
caráter não documental da literatura e o trabalho com a ficção a partir de sua
funcionalidade. Desse modo, não creio que se encontre identidades prontas em
uma obra literária. As personagens de um texto ficcional estão em permanente
processo de construção. São inacabadas, prontas a ser e a vir-a-ser sempre que
reclamadas no ato da leitura. A autora não forja uma identidade de nordestino.
Ela abre um campo onde não se encontra o nordestino, mas sim um sujeito que
passa por adversidades e que pode se tornar outro e vários. A realidade extratextual
da seca é irrealizada no romance, tornando possível a realização de um
imaginário sobre a seca e sobre esse sujeito nordestino. Assim, no texto,
experimentamos alteridades.
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