Título: | SILÊNCIO E RUÍDO: INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM DA MÚSICA A PARTIR DE FREUD E LACAN | |||||||
Autor: |
LOURENCO ASTUA DE MORAES |
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Colaborador(es): |
ANA MARIA DE TOLEDO PIZA RUDGE - Orientador |
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Catalogação: | 13/NOV/2008 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12483&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12483&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12483 | |||||||
Resumo: | ||||||||
O lugar que o silêncio ocupa, tanto na prática analítica
como na música, é
central. Buscamos no presente trabalho interrogar esse
silêncio, supondo encontrar
nele um ponto de interseção possível entre os campos em
questão. Na música, o
silêncio aparece, primeiramente, como aquilo que,
estruturalmente, a nega,
permitindo-lhe, assim, existir. É o vazio que confere ao
som, sua forma. Por outro
lado, o silêncio, por vezes imposto à própria música,
aparece também nisso que
esta levanta problemas de ordem ética e política. Em
psicanálise, o silêncio, além
de também ter uma posição estrutural, remete à pulsão.
Invenção freudiana, a
pulsão, mito que é, é aquilo de onde pode vir a advir um
sujeito, isto é, a condição
de possibilidade de uma escolha ética por parte do ser de
linguagem. Jacques
Lacan retoma o circuito pulsional de Freud e seus quatro
termos e nos mostra que
esse circuito se dá em torno de algo: o objeto a. Objeto
causa de desejo e de
angústia, o objeto a aparece sob diversas formas nos níveis
do desenvolvimento
subjetivo, a saber, oral, anal, fálico, escópico e vocal.
Com Lacan, vemos que a
voz é o mugido bestial do pai morto, grito de um deus
sacrificado que assombra a
linguagem. Trata-se de uma voz silenciosa mas presente, com
efeitos no real.
Sendo uma forma de calar essa voz, de abafá-la, a música,
paradoxalmente,
também veicula de forma privilegiada esse objeto e cria um
vazio ao qual
propomos, fechando o circuito, dar outro nome: o silêncio.
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