Título: | PROCESSAMENTO DA CONCORDÂNCIA DE NÚMERO ENTRE SUJEITO E VERBO NA PRODUÇÃO DE SENTENÇAS | |||||||
Autor: |
ERICA DOS SANTOS RODRIGUES |
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Colaborador(es): |
LETICIA MARIA SICURO CORREA - Orientador JAIRO MORAES NUNES - Coorientador |
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Catalogação: | 14/SET/2006 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=9004&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=9004&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9004 | |||||||
Resumo: | ||||||||
O processamento da concordância de número sujeito-verbo na
produção de
sentenças por falantes do dialeto culto do português
brasileiro é investigado. A
dissertação focaliza os chamados erros de atração e seu
principal objetivo é identificar os
fatores que interferem no processamento da concordância e
prover uma explicação
psicolingüística que seja compatível com pressupostos do
Programa Minimalista da
Lingüística Gerativa. Mais especificamente, busca-se
examinar: i) as condições que
favorecem os erros e as propriedades sintáticas que levam
um núcleo interveniente a ser
tomado como o controlador da concordância; ii) a
interferência de informação
morfofonológica de número dos elementos que integram os
modificadores do DP sujeito;
iii) a interferência de informação semântica de número no
estabelecimento da
concordância. Ainda como objetivo específico busca-se
distinguir em termos estruturais
os DPs responsáveis pelos erros de atração daqueles que
licenciam uma forma singular ou
plural do verbo - as chamadas construções partitivas.
Aplica-se uma tarefa
psicolingüística envolvendo julgamento de gramaticalidade
a fim de investigar diferenças
de processamento da concordância entre as construções
partitivas e os DPs complexos. A
relevância dos tópicos investigados se deve ao fato de
estes permitirem uma discussão
mais ampla acerca da autonomia do formulador sintático.
Parte-se de vasta revisão da
literatura, na qual se reportam interferências sintáticas,
semânticas e morfofonológicas no
processamento da concordância em diferentes línguas.
Explicações apresentadas por
modelos de produção interativos e não-interativos são
discutidas. Inclui-se ainda uma
caracterização da concepção minimalista de língua, com o
tratamento da concordância
como processo de valoração de traços formais, e um modelo
de produção de natureza
serial, não-interativo, que incorpora um parser-
monitorador funcionando paralelamente à
formulação dos enunciados - modelo PMP (produção
monitorada por parser). Em
seguida, reportam-se 5 experimentos com falantes de
português. Os resultados indicaram
efeito de marcação e de distância linear entre o núcleo do
sujeito e o verbo, com mais
erros para núcleo do sujeito não-marcado (singular) e
linearmente distante do verbo, e
efeito de posição estrutural do núcleo interveniente, com
maior incidência de erros para
os núcleos hierarquicamente próximos do nó mais alto do DP
sujeito e núcleos inseridos
em PPs argumentos. Um efeito semântico de distributividade
associado a efeito de
marcação também foi obtido. Quanto a fatores
morfofonológicos, a informação de
número no determinante (e não no nome) mostrou-se crucial
para a identificação do
número do DP sujeito. É proposta uma versão ampliada e
revista do modelo PMP que
unifica explicações para os erros de concordância em
termos de uma escala de
acessibilidade da representação do DP sujeito pela memória
de trabalho e que leva em
consideração as expectativas do parser como possível fator
de interferência em erros de
atração. Essa interferência ocorreria após o parsing do
primeiro DP e afetaria a
codificação morfofonológica do verbo. Em suma, a tese aqui
veiculada é a de que os erros
de concordância não ocorrem na computação sintática e que
o formulador sintático atua
de forma autônoma.
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