Esse estudo, cujas principais referências se baseiam nos escritos de Antonio Gramsci e de Leandro Konder, aborda o tema da formação cidadã enfocando as idéias político- religiosas de ativistas do MST. Considera que as comunidades eclesiais de base desenvolvidas na década de 70 contribuíram significativamente para o surgimento e desenvolvimento desse Movimento, inserido numa cultura fortemente marcada pelo pensamento religioso cristão, na qual a chamada - religiosidade popular - possui grande expressão. A partir de observações de campo, de leituras sobre o MST, e de entrevistas com oito ativistas destacados, o estudo indica que esse Movimento procura a unidade de ação e não utiliza qualquer expressão religiosa como forma de conciliação - pelo alto -. Mas na busca pela maior coesão cultural e social das bases, surge o embate entre a ação política e o pensamento religioso, sugerido, também, no aspecto inovador que os militantes atribuem à chamada - Mística do MST -.