Título: | GESTAÇÃO DE RISCO: MATERNIDADE E REDES SOCIAIS EM UM PROGRAMA DE PRÉ-NATAL | |||||||
Autor: |
GUILHERME DE CARVALHO |
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Colaborador(es): |
TEREZINHA FERES CARNEIRO - Orientador |
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Catalogação: | 30/JUL/2018 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=34593&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=34593&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.34593 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Este estudo dá continuidade ao histórico de pesquisas do autor sobre o tema da maternidade, entendida enquanto um fenômeno humano relacional e situada enquanto etapa normal no ciclo de vida da mulher. O interesse atual repousa sobre a questão da gestação de alto-risco e as relações possíveis com a noção de rede de apoio social. A investigação tem como objetivoa apreciação da experiência do risco gravídico e as repercussões para a vivência da gestante no interior de um programa de pré-natal em uma unidade de saúde do Estado do Rio de Janeiro. Foram entrevistadas 12 mulheres, gestantes regularmente inscritas no programa de pré-natal, e seus relatos submetidos à análise de conteúdo. Foram aplicados dois instrumentos — Roteiro de Avaliação da Gestação (RAG) e a Ficha Biográfica (FB) —, com intuito de coletar informações sobre a composição e a função de redes sociais de apoio utilizadas pelas gestantes, identificar a concepção de risco gravídico adotada pelas mesmas e conhecer alguns dados pessoais e familiares. Os resultados apontam para uma relação entre a concepção de risco e a conscientização das gestantes acerca da necessidade de mudanças comportamentais para o enfrentamento da situação. A concepção de risco identificada pressupõe forte influência e controle do discurso biomédico hegemônico, contudo, a utilização do apoio oferecido por redes sociais parece relativizar este domínio e atuar como instrumento de promoção de saúde para as gestantes. De forma estrutural, figuras próximas e, preferencialmente, do sexo feminino, são mais consultadas e solicitadas para aquisição de suporte. A presença do companheiro é mais solicitada na qualidade de apoio instrumental e a mãe da gestante no que tange ao apoio afetivo. De forma paralela, utilizou-se o conceito de resiliência psicológica como aspecto relevante para a discussão na medida em que variáveis intrapsíquicas foram identificadas como mais intimamente relacionadas ao sucesso da experiência de gestação de risco rumo à saúde, como autonomia, sentimento de auto-eficácia e perseverança. Verificou-se uma forte crença no apoio informacional da equipe e em sua capacidade como agente de promoção de saúde, auxiliando a gestante em sua jornada cotidiana e agindo como fator de proteção diante do diagnóstico clínico de risco gravídico. A rede de apoio social, as variáveis relativas à resiliência psicológica e a equipe de saúde apresentam-se como agentes de promoção de saúde e atuam de forma a diminuir os fatores de risco associados ao diagnóstico clínico, ao participarem da criação de estratégias eficazes de enfrentamento da situação de adversidade.
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