Título: | RESISTIR É OBEDECER?: RESISTÊNCIA E OBEDIÊNCIA POLÍTICA NA FILOSOFIA DE BARUCH SPINOZA | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor: |
ANA LUIZA SARAMAGO STERN |
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Colaborador(es): |
ADRIANO PILATTI - Orientador MAURICIO DE ALBUQUERQUE ROCHA - Coorientador |
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Catalogação: | 09/JAN/2009 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12934&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12934&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12934 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Na filosofia de Spinoza a essência de cada coisa singular é
um esforço por perseverar na existência, um esforço de
resistência à própria destruição, de resistência à
tristeza, de resistência à servidão. Para Spinoza, existir
é resistir. Dentre todas as coisas singulares que existem,
o processo de subjetivação do homem, dessas coisas
semelhantes a nós, é expressão desta resistência ontológica.
Longe de concepções antropológicas individualistas, em
Spinoza o homem se constitui nos afetos que acompanham seus
inevitáveis encontros com outras coisas singulares, a
constituição de sua singularidade é indissociável do
convívio social. E assim, alheio às formulações
contratualistas, para Spinoza, a constituição da
multidão, da sociedade política, se engendra na dinâmica da
imitação afetiva, é expressão do esforço individual de cada
um de seus constituintes pela existência, esforço pela
própria singularidade. Com a multidão se constitui, também,
uma potência coletiva que, em seu esforço de resistência à
própria decomposição, se organiza em leis comuns e
instituições políticas. Neste sentido, nosso filósofo nos
apresenta uma concepção intrinsecamente democrática do
poder político, expressão imanente da potência coletiva da
multidão. Em Spinoza, está sempre nas mãos da multidão a
potência de constituição do mais democrático dos regimes
ou da mais cruel das tiranias. Percorrendo os principais
conceitos da filosofia de Spinoza, nosso trabalho analisa
como, desta concepção intrinsecamente democrática do
político, constitui-se, também, uma compreensão democrática
dos conceitos de resistência e obediência política, e da
relação entre eles. A partir da afirmação da relação de
imanência absoluta entre potência da multidão e poder
político, compreendemos porque, na democracia spinozana, é
a resistência que faz o cidadão.
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