Título: | AMBIGÜIDADES E VAGUEZAS EM TEXTOS LEGAIS: UMA ANÁLISE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA | |||||||
Autor: |
RAFAEL PINNA SOUSA |
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Colaborador(es): |
MARIA DO CARMO LEITE DE OLIVEIRA - Orientador |
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Catalogação: | 28/OUT/2008 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12413&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=12413&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12413 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Em sua Teoria Pura do Direito, Hans Kelsen defende que os
textos legais precisam ser isolados de questões ideológicas
para serem interpretados em sua essência. Essa corrente
teórica formalista-positivista considera contaminada
qualquer interpretação atrelada a interesses pessoais ou
questões políticas, afinal o Direito deve existir apenas
como real, e não como ideal ou justo. Só assim ele pode ser
considerado uma ciência. Dessa forma, as inegáveis
indeterminações das leis se devem apenas a questões
semânticas relativas à multiplicidade de significados das
palavras, a defeitos técnicos e a necessidades
do mundo jurídico, tanto em relação ao fato condicionante
quanto à conseqüência condicionada. Sem negar o valor dessa
teoria, a Hermenêutica jurídica hoje trabalha com conceitos
bem próximos aos desenvolvidos pelos estudos
sociolingüísticos, em que o intérprete não desempenha uma
função essencialmente passiva na construção de
significados. Assim, esta dissertação rejeita algumas
idéias clássicas do Direito sobre interpretação e apresenta
novas possibilidades criadas pela perspectiva
sociolingüística na interpretação de textos legais. O foco
da análise são as indeterminações presentes nas leis, que
ganham nova hipótese explicativa a partir da consideração
de contextos e participantes desse processo comunicativo.
Defende-se que boa parte das ambigüidades e vaguezas
presentes em textos legais, freqüentemente
disfarçada por uma linguagem de difícil acesso ao homem
médio e até a operadores do Direito, na realidade, faz
parte de uma estratégia intencional de legisladores para
obscurecer sentidos potencialmente polêmicos. O corpus
analisado é um recorte do material constitucional
brasileiro: artigos da Constituição de 1988 e leis
complementares previstos pelos mesmos.
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