Esta tese versa sobre a blasfêmia contra o Espírito Santo, com base no texto de Mt 12,22-32, à luz da Análise Retórica Bíblica Semítica. A pesquisa aborda o pecado imperdoável e a (im)possibilidade de haver ou não alguma transgressão que Deus não possa perdoar. É de consenso comum poder afirmar que aquele que for ler o texto neotestamentário não se depararia com uma sentença tão enfática e dura, como a do pecado contra o Espírito Santo, tendo como consequência não ser perdoado nem nesse mundo e nem no vindouro, por ter cometido um tal pecado. Segundo o texto bíblico mateano, a blasfêmia contra o Espírito Santo é um impedimento para o perdão divino. Ao analisar essa perícope, encontramos um paralelo em Mc 3,20-33 e em Lc 11,14-23; 12,10, com suas semelhanças e diferenças, sobre as quais fazemos menção ao longo do estudo e abordagem. A metodologia empregada se baseia no desenvolvimento de alguns passos do Método Histórico-Crítico, um método diacrônico, que permite abarcar o texto na sua forma primária, conjugado com o Método da Análise Retórica Bíblica Semítica, um método sincrônico, auxiliando na construção da estrutura da perícope. Além da introdução, da conclusão e das referências bibliográficas, esta pesquisa conta com cinco capítulos: 1) Status quaestionis a respeito do tema “a blasfêmia contra o Espírito Santo” (Mt 12,31-32), com as contribuições necessárias de muitos autores; 2) Análises críticas de Mt 12,22-32, seguindo os critérios do Método Histórico-Crítico; 3) Análise Retórica Bíblica Semítica de Mt 12,22-32; 4) Comentário exegético de Mateus 12,22-32; 5) Perspectivas bíblica-teológico-pastorais.