Ilhas turísticas em geral enfrentam grandes desafios com a gestão de resíduos, especialmente devido a disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos e a falta de conscientização. A Ilha de Boipeba, na Bahia, é um exemplo claro dessa problemática. A gestão de resíduos na ilha é uma grande dificuldade enfrentada pela administração pública e recebe pouca atenção da população local, resultando em um lixão crescente que contamina o lençol freático e rios, o que já afeta alguns pontos turísticos. Este trabalho visa fornecer uma análise sobre a realidade local e investigar soluções baseadas em casos positivos e negativos ao redor do mundo e como os investimentos em sustentabilidade podem impulsionar o turismo. A pesquisa de campo, que incluiu entrevistas semiestruturadas e visitas técnicas, revelou a ausência de uma demanda significativa por melhorias, seja por desconhecimento ou desinteresse. Sem essa demanda, a gestão pública não prioriza a resolução do problema. Contudo, há formas de conscientizar a população e iniciar melhorias. As recomendações propostas, baseadas em diferentes casos e na literatura, englobam a gestão dos impactos por meio de ações de prevenção, mitigação e de fomentos e incentivos, considerando a capacidade de carga para o planejamento territorial local. A pesquisa demonstra que uma gestão eficaz de resíduos, como parte de uma estratégia de sustentabilidade, pode não apenas melhorar a qualidade ambiental e de vida da população local, mas também alavancar os benefícios econômicos e competitivos do destino turístico. Portanto, as estratégias delineadas visam transformar a gestão de resíduos em uma vantagem competitiva para a Ilha de Boipeba.