O ensino remoto estabelecido emergencialmente em função da pandemia de Covid-19 trouxe grandes desafios a educadores, que precisaram adequar as rotinas de ensino rapidamente para conduzir as aulas. No ensino em design, a experimentação material realizada em ambientes de laboratório de design é primordial para formação de estudantes de design de produtos que, por intermédio das construções físicas, exploram criativamente suas ideias ou as colocam em testes para a validação de conceitos e soluções de design, em um ambiente de ensino compartilhado por alunos, professores e profissionais técnicos. Esta dissertação apresenta o relato da experiência da autora na elaboração e implementação de alternativas de trabalho que permitiram a continuidade das práticas de experimentação material, por meio de representações físicas, em disciplinas amparadas pelo Laboratório de Modelos e Protótipos, pertencente ao curso de graduação em design de produtos, da PUC-Rio, no decorrer do isolamento social. O referencial teórico que sustenta a dissertação inclui autores como Donald Shön, Nigel Cross e Antônio Santoni Rugiu e por meio de metodologia participativa, utilizando pesquisa bibliográfica e documental, busca-se observar e refletir o lugar da experimentação em laboratórios de design e sobre os ensino aprendizados ocorridos nestes espaços, destacando-se a importância das representações físicas no desenvolvimento de projeto de produtos. Por fim, apresenta-se as propostas que foram implementadas em um contexto de ensino remoto emergencial, como forma de possibilitar que a rotina de trabalho dos alunos, em suas residências.