Poucas cadeias de suprimentos demandam tanta atenção quanto àquelas voltadas para o socorro e salvamento de vítimas de desastres, como é o caso da Logística Humanitária. Dentro deste contexto, as Forças Armadas (FA) encontram-se entre os principais stakeholders envolvidos, com vasto histórico de atuação em resposta a desastres, como é o caso da Marinha do Brasil (MB). Para que essas estruturas estejam bem coordenadas, seus processos devem estar formalizados e divulgados, sendo constantemente avaliados. Neste sentido, os modelos de maturidade se mostram ferramentas eficientes, de rápido entendimento e aplicação, direcionando as organizações para identificação de suas forças e fraquezas. Isto posto, o objetivo desta dissertação é reconhecer a capacidade de resposta a desastres da MB e verificar possíveis melhorias neste processo, utilizando para isso um modelo de maturidade para processos de desastres em duas situações distintas: pandêmica (Situação 1) e geral (Situação 2). Para atingir esse objetivo, foi realizada uma revisão de literatura buscando mapear o amparo jurídico de emprego das FA nesses cenários e as instruções dele derivadas, internamente na MB. Em seguida, foi realizado um estudo de caso, onde entrevistas com especialistas, participantes em cenários reais como a COVID-19 e as inundações em Nova Friburgo em 2011, confirmaram essa documentação. A pesquisa identificou novos processos prescritos, que não haviam sido encontrados em estudos anteriores, e constatou que algumas tarefas são realizadas pelas Organizações Militares, porém não estão previstas nas publicações. Também foi definido o estágio atual de maturidade da MB para uma situação de emergência, alcançando ao grau final 4 para as duas situações investigadas.