O Fórum Econômico Mundial identificou a perda da biodiversidade e o colapso de ecossistemas como uma das cinco maiores ameaças que a humanidade enfrentará em dez anos, e ressaltou que metade do PIB global estaria potencialmente ameaçado em consequência da dependência dos negócios em relação à natureza. A Convenção da Diversidade Biológica aponta que a vida na Terra está se deteriorando rapidamente em todo o planeta e negocia o Marco Global de Biodiversidade Pós- 2020, que definirá as metas a serem cumpridas até 2030. Mudanças profundas na prática dos negócios são necessárias, assim como no arcabouço de normas e padrões que orientam a gestão dos impactos e dependências das empresas relacionados à biodiversidade. Para o enfrentamento desses desafios, novos requisitos em biodiversidade, sejam regulatórios, de mercado ou globais, estão em preparação por diversas instituições, e serão publicados nos próximos anos. Este trabalho busca reunir os requisitos atuais e avaliar para onde apontam as demandas futuras, permitindo às empresas se anteciparem às novas exigências. Busca também avaliar padrões, frameworks e guias de organizações internacionais, que orientam as estratégias e práticas empresariais em biodiversidade, consolidando-as em um conjunto de diretrizes de gestão, estruturadas em 10 elementos. Essas diretrizes visam subsidiar o processo de melhoria da gestão estratégica em biodiversidade nas empresas. O potencial de contribuição decorrente da implementação das diretrizes propostas foi correlacionado às metas globais de biodiversidade, que se encontram em aprovação, permitindo a compreensão de como as empresas poderão alavancálas.