O tema da pesquisa aqui relatada trata do uso integrado das narrativas não verbais e verbais em livro de literatura, que possibilitam a contextualização gráfica tão importante quanto o seu texto literário. Teve como questão norteadora a sensorialidade do livro físico que, frente aos avanços da tecnologia e do surgimento de diferentes suportes de leitura, geram novos parâmetros editoriais para a presente e às futuras gerações. S. - O navio de Teseu, um livro de literatura de ficção sem indicação de faixa etária definida, cujo design diferenciado permite a construção da narrativa não-verbal imbricada com a narrativa textual, intensificando a experiência e a imersão na leitura foi estudado como caso exemplar. Inicialmente, a pesquisa embarcou na concepção e no processo de design de S. apresentando uma entrevista exclusiva com o designer norte-americano Paul Kepple e o designer brasileiro Antonio Rhoden; navegou nos variados signos utilizados no design do livro e dos efêmeros, suas articulações e significados por meio da semiótica e na fundamentação da construção de sua narrativa não-verbal demonstrando como as escolhas do design de S. - O navio de Teseu se articulam criando mecanismos de inferências associativas ao longo da leitura. E, finalmente, aportou em suas singularidades concluindo que design editorial torna-se fundamental na cadeia produtiva do livro. Dos profissionais deste campo requer-se a pertinência e o empenho de fornecer os aportes sensoriais e interativos necessários aos diversos suportes de leitura que promovem a produção de sentido e a imersão numa história.