Esta dissertação discute o impacto das relações interpessoais e das atividades desempenhadas no trabalho na (re)construção de identidades profissionais, tendo como foco narrativas de estória de vida de Secretárias Executivas. Para tanto, foram realizadas entrevistas individuais com seis secretárias de Presidência e Vice-Presidência de empresas de grande e pequeno porte, públicas e privadas, na cidade do Rio de Janeiro. A partir de uma perspectiva interacional e à luz da teoria da narrativa proposta por Linde (1993), este estudo investiga o modo como avaliações, crônicas e explicações são utilizadas como recursos lingüísticos capazes de conferir coerência às trajetórias profissionais dessas secretárias. Os resultados apontam para a importância de aspectos como gênero, idade e aparência física na composição do perfil da secretária, bem como para a relevância da discussão de questões como: obrigatoriedade de formação acadêmica para atuação na área de secretariado, autonomia, status, poder e prestígio social dessa profissão.