Seja T : V
W uma transformação linear.
Chama-se núcleo de T ao conjunto
dos vetores que são solução da equação
T=0, ou seja, os vetores que são transformados em 0.
Representa-se o núcleo como N(T)
ou Ker(T).
N(T) = {( x, y, z) /
T( x, y, z) = ( 0, 0, 0)}
Nulidade
Seja T : V
W uma transformação linear.
Define-se Nulidade de T como a dimensão
do seu Núcleo.
Nulidade(T) = dim( Ker(T)}
Exemplo
1) Seja T :dada
por:
T(x, y, z) = (x - y +4z, 3x + y + 8z) ,
Um vetor (x, y, z) pertence a N(T) se, e somente se:
(x - y + 4z, 3x + y +8z) = (0, 0)
for um sistema homogêneo de solução
x = -3z e y = z.
Logo:
N(T) = {(-3z, z, z)/z},
Ao analisar o resultado percebe-se que
o conjunto representa uma reta no que
passa pela origem e que tem como imagem a origem no
.
Por isto a Nulidade(T) = 1. Ao fixar a coordenada z determinam-seas coordenadas
x e y do ponto de Ker(T).
Seja T : V
W uma transformação linear.
Chama-se imagem de T ao conjunto de vetores
w pertencentes a W que são imagens de pelo menos um vetor v pertencente
a V. Indica-se esse conjunto por Im(T).
Im(T) = {( a, b, c) /
T( x, y, z) = ( a, b, c)}
Posto
Seja T : V
W uma transformação linear.
Define-se o posto de T como a dimensão
da sua imagem, ou seja , o número de vetores-coluna linearmente
independentes.
Deste modo, o posto é também
o número de pivots que se obtém ao se escalonar a matriz
transformação.
Posto(T) = dim(Im(T) )
Exemplo
2)Seja T:
; T(x,, y, z) = (x, y, 0) a projeção ortogonal do
sobre o plano xy. A imagem de T é o próprio plano xy.
Im(T) = (x, y, 0)
Sabendo que a imagem é um plano,
é claro que a dimensão desta é 2. De outro modo, as
variaveis livres são x e y, então posto(T)=2.
3)Seja A a matriz abaixo que representa uma transformação linear.
i) Determine o posto de A.
A =
Solução
Para determinar o posto(A) deve-se escalonar a matriz A.
A =
Fazendo as operações indicadas:
Como são dois os pivots obtidos ao se escalonar a matriz, então posto(A)= 2
1) Seja uma matriz T que representa uma transformação linear.
T =
Determine:
i) O núcleo e a nulidade de T.
ii) A imagem e o posto de T.
2) Seja T : a
transformação linear tal que:
T(e1) = (1, 2)
T(e2) = (0, 1)
T(e3) = (-1, 3)
sendo {e1, e2, e3}
a base canônica de
Determine:
i) O núcleo e a nulidade de T.
ii) O posto de T.
Sejam R e S matrizes quadradas, para as
quais existe uma matriz inversivel P tal que S = P-1RP. Então,
diz-se que S é semelhante a R.
Assim S é obtida por transformação
de similaridade.
Deste modo,
seja T: VV
um operador linear. Se A e B são bases de V e
e
as matrizes
que representam o operador T nas bases A e B, então pode-se escrever:
sendo | a matriz-mudança de base B para A. |
Deteminação da matriz-Mudança de base
A matriz-mudança de base
pode ser determinada com ajuda da base canônica, isto porque a matriz-mudança
de base, de uma base qualquer para a canônica, se obtém dispondo
os seus vetores em colunas.
Fazendo | e | , podemos escrever |
Exemplos
1)Sejam as bases A = {v1, v2}
e B = {w1, w2} do ,
onde v1 = (2, -1), v2 = (-1, 1) e w1 =
(1, 0), w2 = (2, 1).
Determine a matriz-mudança de base
A para B.
Solução
a)Determinação da matriz-mudança de base A e B para a base canônica:
C = { (1, 0), (0, 1)}:
pois:
(2, -1) = 2(1, 0) - 1(0, 1)
(-1, 1) = -1(1, 0) + 1(0, 1)
b)Determinação de :
2)Consideram-se as bases do :
{e1 = (1, 0), e2 = (0, 1)} e
{f1 = (1, 3), f2 = (2, 5)}.
i)Encontre a matriz transição
P de {e1} para {f1}.
ii)Encontre a matriz transição
Q de {f1} para {e1}.
iii) Verifique que Q = P-1
iv)Mostre que para
o operador T no
, definido
por T(x, y) = (2y, 3x - y).
Solução:
i)f1 = (1, 3) = 1e1+
3e2
f2 = (2, 5) = 2e1
+ 5e2
ii)É preciso encontrar as coordenadas
de um vetor arbitrário (a, b) em
ralação à base {fi}.
Assim:
(a, b) = x(1, 3) + y(2, 5) = (x + 2y, 3x +5y)
Resolvendo para x e y:
x = 2b + 5a
y = 3a - b
Então:
(a, b) = (2b - 5a)f1 + (3a - b)f2
Para a base canônica, temos:
e1 = (1, 0) = 5f1
+ 3f2
e2 = (0, 1) = 2f1
+ f2
Ou seja, |
iv)Como a transformação é dada em relação à base canônica:
Que é a forma matricial da transformação
dada.
Temos, para a base {fi}:
T(f1) = T(1, 3) = (6, 0)
T(f2) = T(2, 5) = (10, 1)
Para achar a matriz-transformação na base {fi}, usamos as coordenadas do vetor arbitrário (a, b) nesta base.
(6, 0) = -30f1 + 18f2
(10, 1) = -48f1 + 29f2
Assim a matriz-transformação é:
Para provar que | basta fazer a multiplicação e ver que o resultado é [T]f. |