Tendo em vista a tradução de literatura latina antiga nos dias de hoje, este
trabalho problematiza dois modelos teóricos: a tradução da letra (BERMAN
(2008 [1991]), e a adaptação global (BASTIN, 1998). Em seguida, apresenta e
discute amostras de duas propostas distintas para a tradução da tragédia
Hercules furens de Sêneca: a primeira delas a partir do modelo literalista e a
segunda propondo-se como adaptação. Suas contribuições se resumem à
defesa de uma relativização do modelo literalista tendo em vista a tradução
de literatura latina antiga e, neste contexto, à defesa da adaptação como
solução alternativa para as limitações estéticas da tradução literalista.