A intolerância religiosa é hoje umas das mais graves formas de discriminação entre os seres humanos. Apesar de todos os avanços nas ciências – da antropologia à psicologia, da medicina à sociologia – ainda são muito difíceis convivências pacíficas com o diferente – de gênero, de etnia, de crença. A palavra liberdade não encontra, no mundo contemporâneo, sua complementação na aceitação do outro. A simples tolerância parece não resolver o problema porque não abarca o sentimento de igualdade necessário, apesar da Constituição brasileira garantir a escolha e prática das religiões. Na busca por ferramentas que garantam a coexistência das pessoas de diferentes religiões, encontrou-se o diálogo como uma das práticas mais eficazes para promover a convivência religiosa e a aceitação do diferente. Com a linguagem como aliada, o uso da palavra convivência pode promover uma potente revolução na percepção que a crença, ou mesmo a não crença, do outro não é motivo de exclusão. A convivência religiosa promove o respeito, é disso que precisa a humanidade para expressar sua fé livremente e de todas as formas. |