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TRABALHOS DE FIM DE CURSO @PUC-Rio
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Título: REVITALIZANDO A UNIÃO EUROPEIA: A COOPERAÇÃO COM A ÍNDIA EM IA COMO ESTRATÉGIA PARA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA E TECNOLÓGICA
Autor(es): LYS DANIEL MIRANDA
Colaborador(es): GUILHERME FERREIRA SORGINE - Orientador
Catalogação: 07/AGO/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TRABALHO DE FIM DE CURSO
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/TFCs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=72251@1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/TFCs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=72251@2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.72251
Resumo:
A União Europeia enfrenta um momento crítico de redefinição estratégica. Após mais de uma década de choques sistêmicos. incluindo a crise financeira global, a pandemia da COVID 19, a guerra na Ucrânia e uma crescente pressão tecnológica vinda de grandes potências como Estados Unidos e China, o bloco europeu busca novas formas de se revitalizar econômica e tecnologicamente. Neste cenário, a Inteligência Artificial (IA) desponta como uma tecnologia-chave para impulsionar a produtividade, inovar nos serviços públicos, modernizar setores industriais e garantir a segurança digital. Ao mesmo tempo, a Índia surge como um parceiro estratégico altamente promissor, combinando capacidades tecnológicas crescentes, base demográfica favorável, políticas públicas ambiciosas e uma identidade democrática que favorece alinhamentos estruturais com os valores europeus. A cooperação entre a União Europeia e a Índia na área de IA representa uma oportunidade geopolítica e econômica singular. A Índia é hoje um dos polos mais dinâmicos de desenvolvimento tecnológico no Sul Global. Com uma das maiores comunidades de desenvolvedores de software do mundo, a Índia investe de forma contínua em educação STEM, infraestrutura digital e políticas de estímulo à inovação, como sua Estratégia Nacional de Inteligência Artificial. Além disso, o país implementou soluções inovadoras de governança digital, como o sistema Aadhaar, e lidera iniciativas internacionais como a Global Partnership on Artificial Intelligence (GPAI), das quais a UE também faz parte. A convergência em valores democráticos e a busca mútua por soberania tecnológica tornam esse diálogo ainda mais fértil. Por parte da União Europeia, há um claro reconhecimento da necessidade de ampliar suas parcerias estratégicas para além do eixo transatlântico. As limitações da indústria europeia em competir com big techs americanas e chinesas, somadas à fragmentação do mercado interno digital europeu, reforçam a urgência de desenvolver alianças com países que compartilham interesses em inovação responsável e ética na IA. A Índia, com sua escala continental e abertura ao diálogo multilateral, oferece não apenas complementaridade tecnológica, mas também legitimidade política para moldar padrões globais em IA de forma colaborativa. A cooperação entre UE e Índia pode se dar em múltiplas frentes. No campo econômico, projetos conjuntos de pesquisa e inovação podem ser incentivados por meio de programas como Horizon Europe e Digital India, criando sinergias em áreas como saúde digital, cidades inteligentes e agricultura de precisão. No plano político, a institucionalização de fóruns bilaterais para discussão de marcos regulatórios e princípios éticos da IA pode criar um espaço de influência normativa global que contrabalance modelos autoritários ou monopolistas. Há ainda espaço para integração em cadeias produtivas e transferência de conhecimento que possam beneficiar pequenas e médias empresas europeias, muitas vezes carentes de acesso a tecnologias emergentes. Entretanto, a construção dessa parceria não está isenta de desafios. Existem diferenças estruturais nos ambientes regulatórios e nas prioridades nacionais. A UE tende a adotar uma postura mais cautelosa e regulatória, enquanto a Índia valoriza abordagens mais experimentais e voltadas ao crescimento. Além disso, questões geopolíticas regionais, como a relação da Índia com a China e os conflitos no Indo Pacífico, podem afetar a estabilidade e previsibilidade da cooperação. É crucial que a União Europeia desenvolva uma abordagem pragmática, mas ambiciosa, que combine incentivos econômicos, instrumentos diplomáticos e compromissos de longo prazo para sustentar esse eixo estratégico.
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