Com o avanço dos sistemas de transportes e das comunicações, a tecnologia impulsionou fortemente o contato intercultural, do qual nenhuma nação, cultura ou comunidade pode ficar de fora, ocasionando assim a globalização. Graças a esse fenômeno, o território brasileiro tem vivenciado um crescimento significativo no fluxo de estrangeiros, que vêm ao Brasil por motivo de turismo, trabalho ou estudo. Ao desembarcarem, essas pessoas trazem, além de suas bagagens, diferentes crenças a respeito do país, as quais, inevitavelmente, orientam sua forma de pensar e agir em território brasileiro. Alguns estereótipos já tão disseminados de nossa cultura promovem tais práticas e conduzem a uma interpretação deturpada da cultura brasileira, resultando na ideia de que aqui é um país onde tudo é permitido. Este trabalho, portanto, se propõe a refletir como esses valores podem ser reforçados e interpretados pelos estrangeiros através das placas e cartazes, informativos e de advertência, presentes em espaços coletivos, públicos ou privados, da sociedade brasileira. Para tanto, levam-se em consideração os estudos de Peterson (2004) e Hofstede (2010), realizados no âmbito do Interculturalismo; DaMatta (1986; 1997), da Antropologia Social; e Goffman (1980), da Sociolinguística Interacional.