A pesquisa faz uma análise crítica do Plano de Estruturação Urbana de Vargens, das características geofísicas locais, a infraestrutura atual, os serviços de transporte, a relação entre esses e a população, as alternativas modais, a preservação da ecologia urbana e os nós de conflito detectados no projeto conhecido como PEU das Vargens, apresentado pela prefeitura do Rio de Janeiro. Na busca por referências bem sucedidas de planejamento e prática da mobilidade urbana sustentável pelo mundo, o movimento para desestimular o uso do veículo individual motorizado e fomentar o uso dos meios de transporte ativo e o coletivo menos poluente, é através de infraestrutura integrada onde as malhas rodoviária, ferroviária e cicloviária se desenvolvem e se complementam. O modelo do planejamento da mobilidade em Berlim foi usado como referência das iniciativas de planejamento e práticas de humanização da territorialidade para a unificação sócio-espacial da cidade antes dividida. A bicicleta é inserida no planejamento viário, e cada vez mais assume o papel de principal modal para curtas e médias distâncias e também como alimentadora do sistema de transporte ferroviário urbano e regional, o equivalente ao nosso VLT e trem. O estudo dos casos e os dados obtidos permitiram identificar medidas tangíveis para a mitigação dos impactos urbanos negativos ao meio ambiente e sugerir alternativas para enfrentar os desafios da mobilidade em Vargens, visando à ampla acessibilidade e equidade na distribuição do espaço público de circulação, valorizando a caminhabilidade e mobilidade ativa, na direção de um modelo de mobilidade urbana sustentável, que equilibre o adensamento demográfico e a adaptação às mudanças climáticas para a baixada das Vargens.