Título: | ESPORTE E VIOLÊNCIA NO JIU-JITSU: O CASO DOS PITBOYS | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor: |
ANTONIO CLAUDIO ENGELKE MENEZES TEIXEIRA |
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Colaborador(es): |
VALTER SINDER - Orientador MARIA ISABEL MENDES DE ALMEIDA - Coorientador |
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Catalogação: | 30 11:10:20.000000/JUN/2008 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||||||||||||||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=11860@1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=11860@2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11860 | ||||||||||||||||||||||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||||||||||||||||||||||
A pesquisa busca compreender a relação entre a prática do
jiu-jitsu, tal como desenvolvido pela família Gracie, e a
violência praticada pelo que a mídia convencionou chamar de
pitboys, jovens cariocas de classe média e alta que
amiúde envolvem-se em brigas e atos de vandalismo. Evitando
abordar o tema pelo viés da ausência, comumente utilizado
para explicar o comportamento de pitboys - a falta de
instrutores de jiu-jitsu qualificados, de pais zelosos, de
limites de educação, de leis mais severas etc. -, o presente
estudo procurou observar, no interior de uma academia de
jiu-jitsu, a construção de um ethos guerreiro, a
profissionalização da porrada advinda do sucesso dos eventos
de vale-tudo, as inscrições corporais dos praticantes de
jiu-jitsu, a importância das marias-tatames na consolidação
de um estilo de masculinidade rude ou bruto, e a relação
entre virilidade e masculinidade, atributos muito prezados
por lutadores. Num segundo momento, a pesquisa se dedica a
entender a porrada como um jogo, uma brincadeira inserida
num contexto lúdico; jogo que é a um só tempo racional e
irracional, e que implica sempre em algum risco e, portanto,
em possibilidade de reconhecimento e lucros de distinção
para os vencedores. Observa-se também o contexto mais amplo
dentro do qual o fenômeno pitboy eclodiu: a sensação de
insegurança que se instala no rastro da ascensão do crime
organizado a partir dos anos oitenta, o processo de
identificação de pitboys com marginais excluídos, a cultura
da malandragem que une a ambos e, ao mesmo tempo e
paradoxalmente, o reforço das fronteiras de classe no uso do
você sabe com quem está falando?, comumente utilizado por
jovens de classe média e alta que praticam a violência na
noite carioca.
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