Título: | UMA IDEIA DE BRASILIDADE NEGRA NOS ANOS 1970 | ||||||||||||
Autor: |
RAQUEL BAUER GOMES DA SILVA |
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Colaborador(es): |
FREDERICO OLIVEIRA COELHO - Orientador |
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Catalogação: | 27/MAI/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70615&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70615&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70615 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A década de 1970 foi um momento divisor de águas da militância negra no Brasil. Muitos
movimentos ocorreram no debate da cultura e resistência do negro no país e na sua
identificação - entre eles, a criação do Movimento Negro Unificado - MNU em 1978. A
reivindicação de uma música brasileira pura se inicia nesse mesmo momento, quando
ocorre, em 1975, a fundação do Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba
Quilombo, pelo compositor e cantor Candeia (Antônio Candeia Filho). Nessa iniciativa,
buscou-se, de alguma forma, o retorno a um lugar em que a questão negra é tratada como
brasileira, e não afrodiaspórica. Nesta dissertação, serão estudadas as bases práticas e
intelectuais da defesa de um lugar de nação atrelado à ideia de tradição nacional. Como
nacionalista, Candeia também se recusava a incorporar em seus discursos e sua produção
uma influência da música americana, em voga durante a primeira metade dos anos 70,
com a entrada de uma perspectiva politizada da questão negra a partir do paradigma norteamericano do black power. É com essa perspectiva que o compositor se une a outros
sambistas e se coloca contrário à disseminação de uma deturpação da perspectiva do
homem negro e de como ser negro no Brasil. Ele entendeu todo esse movimento e não
apenas recusou a invenção de negritude vinda dos Estados Unidos como a relação do
jovem negro brasileiro com aquela concepção, em prol de uma brasilidade negra fora dos
dois paradigmas internacionais que se constituíam naquele momento. Aos buscar
construir uma ideia de ser um preto brasileiro, e com o viés de resistência, a fundação da
Quilombo reflete em um momento que as escolas de samba saiam do controle dos
sambistas fundadores das agremiações, em mais um apagamento da história do povo
preto. Esta dissertação apresenta, portanto, um debate ao redor da arte negra, sua
importância na formação da história do Brasil e como isso foi feito através de uma música
que pregou a resistência do preto brasileiro, recuperando fatos do passado para que essa
narrativa seja escrita através da intelectualidade preta.
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