Título: | CRÍTICA À CRISTANDADE: FUNDAMENTOS ÉTICO-POLÍTICOS DA NÃO-VIOLÊNCIA EM LEON TOLSTÓI | ||||||||||||
Autor: |
ISAAC BRUNO DA SILVA NERY |
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Colaborador(es): |
EDGAR DE BRITO LYRA NETTO - Orientador PAULO CESAR DUQUE ESTRADA - Coorientador |
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Catalogação: | 20/MAR/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69705&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69705&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69705 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presente tese investiga a crítica à Cristandade no pensamento de Leon
Tolstói, enfatizando a intersecção entre fé cristã e as dinâmicas ético-políticas.
Aqui, as obras tolstoiana são analisadas sob a luz de uma antropologia existencial
que contempla a condição humana em sua busca por sentido, evidenciando as
contradições sócio-existenciais que permeiam essa experiência. Com efeito,
identificamos o princípio da não-resistência ao mal – indissociavelmente ligado à
metafísica do amor – como a chave hermenêutica para a compreensão do ensino
cristão enquanto uma doutrina prática de vida. O pensamento tolstoiano não se
associa à defensa da passividade diante do mal; ao contrário, o que está em jogo é
a positivação de um tipo existencial que se traduz em uma ética radicalmente
libertária. Assim, a reflexão sobre a natureza do poder e suas manifestações na
sociedade moderna revela sua crítica contundente à simbiose entre Igreja e Estado,
que distorce a essência do ensino cristão e perpetua estruturas opressivas.
Tratando-se, portanto, de inquirir como isso acontece, Tolstói elucida que os
discursos gerados por estas instituições opacificam a consciência moral, isto é,
tendem a normalizar a subjetividade dos indivíduos, estabelecendo uma resignação
ao servilismo – que se impõe não como um mero paradoxo cultural, mas como uma
contradição sócio-existencial. A investigação se desdobra em um contexto onde a
crítica aos aparatos e à legitimação da violência, como ordenação divina, fortalece
a argumentação acerca da necessidade de uma reavaliação moral da sociedade.
Tolstói propõe uma emancipação ética da consciência individual que, lastreada na
ideia de interdependência como imperativo axiológico, desafia as premissas do
poder coercitivo e convoca a humanidade a transcender antagonismos. Este estudo,
portanto, não apenas ilumina as contradições do pensamento cristão em face das
estruturas de poder, mas também convida à reflexão acerca da responsabilidade
moral na construção de uma vida social significativa, alicerçada na ética da não
violência.
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