A presente pesquisa tem por objetivo central analisar a relação capital-trabalho e os efeitos das modificações legislativas trabalhistas nos últimos anos, no Brasil, sob o recorte temporal principal do período de 2016 a 2022. O estudo pautou-se em revisão bibliográfica e em pesquisa documental, onde foram observadas as reformas previdenciária e trabalhista, agregadas ao aprofundamento de práticas de terceirização, cenário em que as atuais normativas de políticas públicas trabalhistas e seus impactos nas relações de trabalho no Brasil, sobretudo em tempos de pandemia da Covid-19, favorecem as condições de reprodução e desenvolvimento do capital enquanto ampliam e aprofundam a degradação do trabalho. A análise dos dados coletados buscou demonstrar que tais mecanismos vêm funcionando como estímulo à ampliação da acumulação capitalista em condições favoráveis apenas à classe patronal levando, consequentemente, ao aumento do desmonte dos direitos do trabalho e da piora das condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora, reforçando e garantindo, assim, a estrutural desigualdade social em que se assenta o modo de produção capitalista, em particular no mundo do trabalho.