Título: | SETOR EDUCATIVO DE MUSEUS DE CIÊNCIA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS E PERSPECTIVAS | ||||||||||||
Autor: |
ISABEL APARECIDA MENDES HENZE |
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Colaborador(es): |
MARIA CRISTINA MONTEIRO PEREIRA DE CARVALHO - Orientador |
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Catalogação: | 17/FEV/2022 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57439&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57439&idi=2 [es] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57439&idi=4 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57439 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O presente estudo tem como objetivo analisar os setores educativos de seis
museus de ciência da cidade do Rio de Janeiro com o propósito de conhecer a
estrutura e o funcionamento desses espaços, bem como os referenciais teóricos
que fundamentam as ações educativas desenvolvidas por seus profissionais.
Foram selecionados para esta pesquisa a Casa da Ciência, o Museu da
Geodiversidade, o Museu da Vida, o Museu de Astronomia e Ciências Afins, o
Museu do Meio Ambiente e o Museu Nacional. Apesar de os estudos sobre
mediação, público, divulgação científica e a relação museu escola terem crescido
consideravelmente nas últimas décadas, a revisão de literatura indicou reduzido
material voltado especificamente aos setores educativos (SE) dos museus de
ciência. Autores de distintos campos do conhecimento – Museologia, Educação,
Sociologia, Ensino de Ciências – contribuíram para o arcabouço teórico da
pesquisa, dentre eles: Cazelli, Hooper-Greenhill, Rubiales, Valente, Wagensberg,
Freire, Carvalho e Dubet. Em termos metodológicos, optou-se por uma
abordagem qualitativa das respostas dadas pelos museus de ciência ao
questionário aplicado em 2015 pelo Grupo de Pesquisa em Educação, Museu,
Cultura e Infância (GEPEMCI/PUC-Rio), com atenção especial aos resultados
obtidos sobre os seis museus selecionados para este estudo. Em seguida, foram
realizadas entrevistas semiestruturadas com educadores museais que integram as
equipes dos SEs das instituições participantes. Com essas ferramentas, foram
obtidos os dados analisados: o perfil dos profissionais do SE, a inserção do setor
educativo na instituição, a formação desses profissionais, os referenciais teóricos
subjacentes às suas práticas e as concepções de educação que orientam a atuação.
Na etapa seguinte do estudo, realizou-se uma análise de conteúdo conforme
proposta por Laurence Bardin e análise temática de Fontoura. Conjugando esses
métodos, foi possível conhecer as especificidades dos setores educativos dos
museus observados, refletir sobre os referenciais teóricos utilizados pelos profissionais entrevistados e relacionar essas referências com as ações educativas
propostas. Percebeu-se também que esses atores exercem com frequência
múltiplas funções dentro do SE, e que a profissionalização desses sujeitos é um
campo em disputa, pois o educador museal não se constituí formalmente como
profissão. Constatou-se que o processo de busca pela formação teve como ponto
de partida a experiência no setor educativo e a troca de saberes com os atores
envolvidos. Nesse sentido, a interdisciplinaridade e as trajetórias em diferentes
áreas contribuem para uma formação continuada, realizada por e com os pares.
Entre os entrevistados nesta pesquisa, observou-se diversas concepções de
educação, do papel do setor educativo, da missão institucional, da importância de
um plano educativo e da relação estabelecida com os referenciais teóricos que
pautam as ações educativas. A respeito do referencial teórico, o educador Paulo
Freire foi o mais citado, seguido por Piaget, Vygotsky e alguns autores nacionais
e internacionais do campo museal. A pesquisa também indicou que é preciso
constituir e manter uma proposta que una a academia, o museu e a escola na
construção coletiva de ações educativas voltadas à formação, visando alcançar as
demandas interinstitucionais, somando as expertises no entendimento e na
apropriação da ciência do espaço museal.
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