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Título: DEPOIS QUE O CAFÉ ACABOU: BIOGEOGRAFIA E HISTÓRIA AMBIENTAL DE REMANESCENTES FLORESTAIS DO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL (RJ E SP)
Autor: GILSON ROBERTO DE SOUZA
Colaborador(es): ROGERIO RIBEIRO DE OLIVEIRA - Orientador
Catalogação: 17/JAN/2022 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57084&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57084&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57084
Resumo:
Do ponto de vista histórico, a cafeicultura teve um papel relevante sobre a composição e estrutura das florestas no domínio da Mata Atlântica, especialmente no século XIX em todo o Vale do Rio Paraíba do Sul, localizado na interceção dos estados de SP, RJ e MG. Esta atividade gerou uma paisagem composta por mosaicos florestais que foram definidos por diferentes sobreposições de usos, em distintas escalas temporais. Seu legado deixou marcas na paisagem e muitas estão ocultas sob estes mosaicos vegetacionais, sendo revelados a partir do estudo de sua flora e vegetação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística e a estrutura do estrato arbustivo e arbóreo de fragmentos de Mata Atlântica no Vale do Paraíba RJ/SP, com diferentes estágios sucessionais e distintas sobreposições de usos após o ciclo do café. Foi analisada a estrutura floristica e fitossociológica de oito fragmentos que compartilham o mesmo histórico de uso. Em seguida, foram analisadas as marcas humanas nestas florestas através do inventário de espécies exóticas e vestígios físicos de diferentes contextos históricos. Por fim, foi feita uma análise do entorno de cada fragmento por imagens de satélite. A metologia utilizada consistiu: 1) no levantamento fitossociológico em 20 parcelas de 10 x 10 m2 contíguas, perfazendo 0,2 ha em cada fragmento; 2) análise granulométrica e de fertilidade do solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm; 3) levantamento de espécies exóticas nas florestas; 4) registros de macrovestígios de usos pretéritos nos fragmentos e 5) utilização e interpretação de imagens de satélite para cada fragmento estudado. Os resultados indicam que os fragmentos estudados contemporâneos à época do café. Muito possivelmente são de áreas onde onde anteriomente existiam cafezais e, com o declinio deste, deu-se o processo de sucessão ecológica, representando hoje esta paisagem uma convergência de histórias naturais e humanas. As investigações acerca da paisagem que circunda os fragmentos dimensiona as semelhanças que há entre eles, pois estão dentro de uma mesma matriz e contexto histórico. A interpretação destes eventos temporais sobre os aspectos das florestas a partir do legado do café por diferentes sobreposições de uso contribui para compreensão das dimensões biogeográficas e da história ambiental da sua paisagem. Neste contexto, o entendimento dos usos antrópicos pretéritos e a situação atual das florestas face ao aspecto cumulativo de usos contribui para a conservação destas florestas e dos valores ecológicos e culturais a elas associados.
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