Título: | DO GOVERNO DE CORPOS AO AUTOGOVERNO DE ALMAS: DROGAS, CRIME E FÉ NUM CENTRO DE RECUPERAÇÃO PENTECOSTAL | ||||||||||||
Autor: |
BEATRIZ BRANDÃO MEIRELLES |
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Colaborador(es): |
MARIA SARAH DA SILVA TELLES - Orientador DARIO DE SOUSA E SILVA FILHO - Coorientador |
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Catalogação: | 03/JUL/2020 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=48886&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=48886&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48886 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Em um Centro de Recuperação (CR) pentecostal para usuários de drogas, hóspedes e dirigentes promovem e agenciam um diálogo entre drogas, crime e fé. A metodologia é etnográfica e se atém ao que o CR nos revela, a trama de descobertas ancoradas nos rituais e ligada através do fio condutor da autogestão.
Trata-se de um Centro de Recuperação masculino, de linhagem pentecostal, que recebe e acomoda cerca de 400 homens, todos ex usuários de drogas e provenientes do tráfico. Todos possuem trajetórias diferentes e demarcam a busca por destinos convergentes, pois têm ali um lugar compartilhado para a procura, passiva ou ativa, de tratamento. Ex usuários e ex traficantes se encontram no mesmo lugar, engajados na mesma crença, e gerem suas condutas e a dos outros por meio dos ritos, dogmas e doutrinas a que devem se converter. Assim, apresentam uma vida transformada frente ao status de recuperado a partir do prefixo de ex: ex usuário de drogas, exbandido, ex criminoso. Tal transformação ocorre por meio da chamada conversão, que deve ser comprovada por meio da aceitação e vivência de um código de
moralidades e linguagens específico. Dentro desse cenário, a tese apresenta os objetivos de refletir acerca da condição e da função de tais CRs frente à realidade de uma área gerida pela milícia e com seus múltiplos desdobramentos. Tendo como problema central a resposta das perguntas norteadoras: do que eles se recuperam e que sujeitos são produzidos nesse espaço, a pesquisa busca compreender de que
modo o CR tenta transformar seu trabalho em relevante e como se reinventa diante de outros modelos de tratamento já estabelecidos. Analisa, também, qual o lugar do Centro de Recuperação nos novos ordenamentos daquelas vidas; como se internaliza e se expressa a conversão em sua prática, principalmente nos momentos ritualísticos, demonstrativos maiores não só de recuperação, mas de fé e
transformação.
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