Título: | A ESCUTA DE MEMÓRIAS NOS LABIRINTOS DA FAVELA: REFLEXÕES METODOLÓGICAS SOBRE UMA PESQUISA-INTERVENÇÃO | ||||||||||||
Autor: |
CÍNTIA DE SOUSA CARVALHO |
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Colaborador(es): |
SOLANGE JOBIM E SOUZA - Orientador |
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Catalogação: | 02/JUN/2016 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=26524&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=26524&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26524 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Esta pesquisa-intervenção teve por objetivo analisar as questões metodológicas que atravessaram a produção conjunta de um trabalho desenvolvido pelo Museu de Favela (MUF) em parceria com o NIMESC/PUCRio, em torno das memórias das moradoras das favelas Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Partindo do diálogo com autores que se afiliam a uma perspectiva sócio-histórica e crítica da cultura, buscamos realizar um trabalho colaborativo, por meio de uma pesquisa feita com o outro. Deste modo, acompanhamos o Prêmio Mulheres Guerreiras, uma atividade anual realizada pelo MUF, cujo objetivo é homenagear mulheres que possuem um valor social para a favela. Observamos as entrevistas de memória realizadas pelo museu com as candidatas de 2012 e, a partir dessas observações, implementamos junto ao MUF uma Formação das Escutadoras de Memória no ano de 2013. Para participar desta formação, foram convidadas moradoras das favelas citadas, cujo objetivo foi sensibilizá-las em relação à importância da memória coletiva no fortalecimento da identidade social de uma comunidade, fomentando com isso o desejo de escuta e o (re)conhecimento das histórias de vida. Foram discutidos ainda aspectos metodológicos que atravessam uma entrevista de memória, bem como os modos de dar materialidade às histórias escutadas. As memórias coletivas que se destacaram a partir das entrevistas realizadas pelas participantes da formação foram aquelas relacionadas às experiências vividas ao longo da constituição da comunidade, em meio à precária infraestrutura da favela. Destacaram-se ainda as
memórias traumáticas ligadas à violência, bem como aquelas referentes à experiência de ser mãe de favela. Esta pesquisa nos mostrou que o trabalho de escuta de memórias pode se beneficiar de estratégias menos diretivas, ou seja, que priorizem o tipo de interação mais próxima a uma conversa, cujo vínculo esteja baseado na empatia, em detrimento de uma entrevista com um roteiro préestabelecido.
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