Título: | PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA E DE FELICIDADE: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO MORAL EM AMBIENTES MULTICULTURAIS | |||||||
Autor: |
LUIZ CLAUDIO DA SILVA CAMARA |
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Colaborador(es): |
MARCELO GUSTAVO ANDRADE DE SOUZA - Orientador |
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Catalogação: | 11/MAR/2016 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=25917&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=25917&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25917 | |||||||
Resumo: | ||||||||
A pesquisa procurou investigar como professores do ensino médio de uma
escola pública da Cidade do Rio de Janeiro percebem e reagem diante de
comportamentos preconceituosos e discriminatórios entre os estudantes, e quais
concepções de moralidade que, explícita ou implicitamente, fundamentam suas
ações. A pesquisa buscou apresentar e discutir as concepções éticas subjacentes às
práticas docentes, a partir de uma articulação entre os conceitos regulativos de
justiça e felicidade presentes no pensamento ético kantiano e aristotélico, a partir
das elaborações de Adela Cortina e Alasdair MacIntyre. Considerando que este
dois conceitos são, geralmente, colocados em tensão de maneira excludente,
apostamos na possibilidade de pensá-los como complementares, interconectados e
tensionados mutuamente. Como procedimentos metodológicos, além de uma
extensa revisão bibliográfica, foram realizadas observações de campo e
entrevistas semiestruturadas com 17 docentes que se voluntariaram para a
pesquisa. Dentre os achados da pesquisa merecem destaque que os tipos de
preconceito e discriminação mais percebidos pelos professores se relacionam a
orientação sexual e diferenças de raça e etnia, sendo percebidas em menor grau,
discriminações em função da crença religiosa, de diferenças intelectuais, por
aparência física e origem geográfica. No que se refere às ações e intervenções dos
docentes diante dos comportamentos preconceituosos e discriminatórios, a grande
maioria afirmou que faria intervenções firmes, seja repreendendo ou conversando
com os envolvidos, no sentido de sinalizar que não concordam com essa
postura.Entretanto merece preocupação o fato de alguns docentes não perceberem
ou mesmo não tratarem com a devida importância atitudes preconceituosas e
discriminatórias, demonstrando ignorar o nível de sofrimento a que estão expostos
alguns estudantes. Em relação à articulação entre os conceitos regulativos de
justiça e felicidade, bem como às concepções de moralidade que fundamentam as
suas ações, devido talvez a limites da metodologia, não foi possível explicitá-los.
Entretanto identificou-se que diante de situações que exigiam uma tomada de
decisão, a justiça é priorizada em detrimento da felicidade. Por fim a pesquisa
apontou ainda algumas limitações da formação docente para lidar com situações
de preconceito e discriminação no espaço escolar.
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