Título: | HAVAIANAS, POR QUE TODO MUNDO USA?: O ESPAÇO SOCIAL DA MARCA E O DESIGN NA CONTEMPORANEIDADE | |||||||
Autor: |
GABRIELA BOTELHO MAGER |
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Colaborador(es): |
ALBERTO CIPINIUK - Orientador |
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Catalogação: | 09/JUL/2013 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=21727&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=21727&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21727 | |||||||
Resumo: | ||||||||
Considera-se a contemporaneidade como a Era da imagem. Imagens são
representações sociais, feitas para comunicar. Tal como documentos, os escritos,
as imagens podem explicitar o pensamento e o comportamento social de uma
época. No meio publicitário, muitos afirmam que se vive a Era da marca. Ela é
onipresente e onipotente. O objetivo desta pesquisa foi o de estudar o lugar social
da marca na contemporaneidade, configurado nas esferas sociais e culturais, a fim
de identificar a ocorrência do processo de valorização da imagem de marca, com
vistas à produção de mais valia e à contribuição do design neste processo. Para
tanto, fundamentou-se a noção de gestão da marca, branding, e se determinou o
papel do designer entre os profissionais que estruturam, como agentes sociais,
neste campo. A gestão do design se mostrou essencial à construção da imagem
inovadora nas empresas. Reconheceu-se uma hierarquia na marca, categorizada
em quatro grandes grupos: a marca líder; a concorrente, seguidora da líder; a
similar genérica; e a cópia. A valorização simbólica da marca originou o mercado
paralelo da cópia. O capital simbólico eleva o capital econômico e, por isso, a
marca cria uma relação de identidade com seus clientes. A ideologia capitalista,
originada da Revolução Industrial, caracteriza-se pela relação espaço-tempo. Na
contemporaneidade, sente-se a compressão desta relação: o tempo é escasso,
instantâneo e, o espaço menor no mundo globalizado. O consumo passou a ser uma instância essencial das relações sociais e faz parte do habitus contemporâneo.
A mídia, assim como a família e a escola, é responsável pela inculcação de
valores. O massivo investimento em comunicação nos diversos meios faz com que
haja inculcação da marca nos corações e mentes e a inclui no habitus da
sociedade. Na economia de trocas simbólicas da marca, percebeu-se que
transgressão e inovação são fundamentais à sua valorização e a noção do gênio
criativo, surgida no Renascimento, faz-se presente, relacionando o designer à
genialidade artística. A criatividade - cool- é muito valorizada na sociedade
atual, o que eleva o valor simbólico dos designers, que é seu produtor. O estudo
de caso da marca Havaianas apresentou sua estrutura como produto simbólico,
evidenciando a importância do designer para sua valorização. A gestão da marca
Havaianas conseguiu por diversas ações estratégicas, em menos de duas décadas,
transformar a imagem de produto de consumo popular, sem significado erudito,uma imagem de marca originada no Brasil, que enaltece as qualidades do país,
unindo os brasileiros. Aos estrangeiros, sua imagem evidencia o exotismo dos
trópicos – praia, belezas naturais, cores, calor, mulheres bonitas - e a identidade
brasileira; um sonho de consumo ou de desejo para os cidadãos do hemisfério
norte. A imagem da Havaianas mostrou que a marca, na sociedade
contemporânea, pode ser cultuada, como eram os deuses na Antiguidade, mas se
diferencia das imagens daquela época por ser ela própria a realidade e não uma
mediadora da realidade divina. A marca passou a ser a categoria que gera a
identidade, estabilidade, sacia desejos e une os grupos sociais.
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