Esta pesquisa de doutorado discute o campo pedagógico da Educação Física a partir do futebol, tensionando também as epistemologias da educação como um todo. No âmago do seu referencial teórico, abarca a perspectiva intercultural/decolonial. No trabalho é realizada uma metodologia pluriversal que conta, desde o referencial teórico, com pensadores/as subalternos/as, e a interseccionalidade é utilizada para a análise dos conteúdos. O objetivo da tese foi, por meio de uma coprodução que envolveu uma universidade e movimentos sociais do esporte, desestabilizar as epistemologias, metodologias e pedagogias do campo educacional, assim como sugerir alternativas potentes para a Educação Física e o ensino do futebol na formação docente. O fenômeno futebol foi um instrumento adotado para acessarmos agentes transgressores/as que pudessem problematizar a modernidade/colonialidade a partir da proposição de pedagogias decoloniais para seu enfrentamento. Os resultados nos permitem identificar possibilidades de desvelar a colonialidade por meio de pesquisas e práticas no campo da educação formal e não formal. A cultura corporal e seus diferentes futebóis são espaços fecundos para essa iniciativa.