O interesse pelo estudo e desenvolvimento de gráficos de controle surgiu junto com a oportunidade de realizar Projeto de Graduação em Engenharia de Produção (PGEP). Ao mesmo tempo, existia a necessidade de realizar e implantar ferramentas do controle estatístico de qualidade (CEQ) na empresa BRASCABO – que está inserida no setor de montagem de cabos de aço. Para aprimorar as práticas de CEQ, utilizamos os gráficos de controle com o objetivo de mapear a frequência dos alarmes ocorridos durante os processos de inspeção e para monitorar e acusar quando o processo estiver fora de controle. Após uma visita à empresa selecionada, fomos capazes de identificar dois processos em que eram realizados inspeções de qualidade: depois da chegada de matéria prima e antes da saída do produto acabado. Com isto, fomos capazes de identificar uma oportunidade para melhoria, através da implantação dos gráficos de controle, já que estes não eram utilizados para a realização de qualquer tipo de monitoramento. Foram-nos fornecidos inúmeros relatórios de ambos os processos, e com estes fomos capazes de desenvolver algumas bases de dados para a aplicação das ferramentas de CEQ. Depois da coleta dos dados, tivemos que escolher os gráficos mais apropriados para acomodá-los. Guiados por (Costa, Epprecht, e Carpinetti, 2004), conseguimos escolher os seguintes modelos: Gráfico de Controle de p e Gráfico de Controle de u. No gráfico de p, são plotadas as frações de defeituosos de cada amostra de tamanho variável n. Este gráfico foi aplicado tanto no processo de chegada de matéria prima, como na saída do produto acabado. Em contrapartida, o gráfico de u, para o número de não conformidades (defeitos) por unidade de inspeção, com tamanho de amostra variável, foi aplicado somente no processo da saída do produto acabado. Depois da composição da base de dados e da construção dos gráficos, foi possível enxergar e realizar uma análise mais profunda sobre os processos, de modo que se ocorresse algum alarme no gráfico, poderíamos dizer se o processo estava fora de controle ou não. Por último, na conclusão encontram-se algumas recomendações para a empresa, no que se refere à modernização através de sistemas e banco de dados além da contribuição com uma base inicial e os próprios gráficos de controle.