Maxwell Para Simples Indexação

Título
[pt] REVITALIZANDO A UNIÃO EUROPEIA: A COOPERAÇÃO COM A ÍNDIA EM IA COMO ESTRATÉGIA PARA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA E TECNOLÓGICA

Título
[en] REVITALIZING THE EUROPEAN UNION: COOPERATION WITH INDIA IN AI AS A STRATEGY FOR ECONOMIC AND TECHNOLOGICAL RECOVERY

Autor
[pt] LYS DANIEL MIRANDA

Vocabulário
[pt] INTELIGENCIA ARTIFICIAL

Vocabulário
[pt] INOVACAO DIGITAL

Vocabulário
[pt] SOBERANIA TECNOLOGICA

Vocabulário
[pt] PARCERIA ESTRATEGICA

Vocabulário
[pt] TECNOLOGIA EMERGENTE

Vocabulário
[en] ARTIFICIAL INTELLIGENCE

Vocabulário
[en] DIGITAL INNOVATION

Vocabulário
[en] TECHNOLOGICAL SOVEREIGNTY

Vocabulário
[en] STRATEGIC PARTNERSHIP

Vocabulário
[en] EMERGING TECHNOLOGY

Resumo
[pt] A União Europeia enfrenta um momento crítico de redefinição estratégica. Após mais de uma década de choques sistêmicos. incluindo a crise financeira global, a pandemia da COVID 19, a guerra na Ucrânia e uma crescente pressão tecnológica vinda de grandes potências como Estados Unidos e China, o bloco europeu busca novas formas de se revitalizar econômica e tecnologicamente. Neste cenário, a Inteligência Artificial (IA) desponta como uma tecnologia-chave para impulsionar a produtividade, inovar nos serviços públicos, modernizar setores industriais e garantir a segurança digital. Ao mesmo tempo, a Índia surge como um parceiro estratégico altamente promissor, combinando capacidades tecnológicas crescentes, base demográfica favorável, políticas públicas ambiciosas e uma identidade democrática que favorece alinhamentos estruturais com os valores europeus. A cooperação entre a União Europeia e a Índia na área de IA representa uma oportunidade geopolítica e econômica singular. A Índia é hoje um dos polos mais dinâmicos de desenvolvimento tecnológico no Sul Global. Com uma das maiores comunidades de desenvolvedores de software do mundo, a Índia investe de forma contínua em educação STEM, infraestrutura digital e políticas de estímulo à inovação, como sua Estratégia Nacional de Inteligência Artificial. Além disso, o país implementou soluções inovadoras de governança digital, como o sistema Aadhaar, e lidera iniciativas internacionais como a Global Partnership on Artificial Intelligence (GPAI), das quais a UE também faz parte. A convergência em valores democráticos e a busca mútua por soberania tecnológica tornam esse diálogo ainda mais fértil. Por parte da União Europeia, há um claro reconhecimento da necessidade de ampliar suas parcerias estratégicas para além do eixo transatlântico. As limitações da indústria europeia em competir com big techs americanas e chinesas, somadas à fragmentação do mercado interno digital europeu, reforçam a urgência de desenvolver alianças com países que compartilham interesses em inovação responsável e ética na IA. A Índia, com sua escala continental e abertura ao diálogo multilateral, oferece não apenas complementaridade tecnológica, mas também legitimidade política para moldar padrões globais em IA de forma colaborativa. A cooperação entre UE e Índia pode se dar em múltiplas frentes. No campo econômico, projetos conjuntos de pesquisa e inovação podem ser incentivados por meio de programas como Horizon Europe e Digital India, criando sinergias em áreas como saúde digital, cidades inteligentes e agricultura de precisão. No plano político, a institucionalização de fóruns bilaterais para discussão de marcos regulatórios e princípios éticos da IA pode criar um espaço de influência normativa global que contrabalance modelos autoritários ou monopolistas. Há ainda espaço para integração em cadeias produtivas e transferência de conhecimento que possam beneficiar pequenas e médias empresas europeias, muitas vezes carentes de acesso a tecnologias emergentes. Entretanto, a construção dessa parceria não está isenta de desafios. Existem diferenças estruturais nos ambientes regulatórios e nas prioridades nacionais. A UE tende a adotar uma postura mais cautelosa e regulatória, enquanto a Índia valoriza abordagens mais experimentais e voltadas ao crescimento. Além disso, questões geopolíticas regionais, como a relação da Índia com a China e os conflitos no Indo Pacífico, podem afetar a estabilidade e previsibilidade da cooperação. É crucial que a União Europeia desenvolva uma abordagem pragmática, mas ambiciosa, que combine incentivos econômicos, instrumentos diplomáticos e compromissos de longo prazo para sustentar esse eixo estratégico.

Resumo
[en] The European Union is facing a critical moment of strategic redefinition. After more than a decade of systemic shocks, including the global financial crisis, the COVID 19 pandemic, the war in Ukraine, and increasing technological pressure from major powers like the United States and China, the EU seeks new paths to revitalize its economy and technological base. In this scenario, Artificial Intelligence (AI) emerges as a key technology to boost productivity, modernize public services, enhance industrial sectors, and ensure digital security. At the same time, India stands out as a highly promising strategic partner, combining growing technological capabilities, a favorable demographic base, ambitious public policies, and a democratic identity aligned with European values. The cooperation between the European Union and India in the field of AI represents a unique geopolitical and economic opportunity. India is currently one of the most dynamic technology hubs in the Global South. With one of the largest software developer communities in the world, India continuously invests in STEM education, digital infrastructure, and innovation-driven policies, such as its National Strategy on Artificial Intelligence. Moreover, the country has implemented innovative digital governance systems like Aadhaar and leads global initiatives such as the Global Partnership on Artificial Intelligence (GPAI), in which the EU also participates. Shared democratic values and the mutual pursuit of technological sovereignty further enhance the potential of this partnership. From the EUs perspective, there is a growing recognition of the need to expand strategic partnerships beyond the transatlantic axis. The European tech industry s limitations in competing with American and Chinese big tech companies, along with internal digital market fragmentation, underscore the urgency of forging alliances with countries committed to responsible and ethical AI innovation. India offers not only technological complementarity but also political legitimacy to collaboratively shape global AI standards. EU India cooperation can unfold across multiple domains. In the economic sphere, joint research and innovation projects may be promoted through programs such as Horizon Europe and Digital India, fostering synergies in areas like digital health, smart cities, and precision agriculture. Politically, institutionalizing bilateral forums for regulatory frameworks and ethical guidelines on AI can create a normative space of global influence that counters authoritarian or monopolistic models. There is also room for integration into value chains and knowledge transfer that could benefit European small and medium-sized enterprises often lacking access to emerging technologies. However, building this partnership is not without challenges. Structural differences in regulatory environments and national priorities persist. The EU generally adopts a more cautious and rules based approach, while India tends to favor experimental, growth oriented policies. Additionally, regional geopolitical dynamics, such as India s relationship with Chinaand ongoing tensions in the Indo Pacific, may influence the stability and predictability of cooperation. It is crucial that the European Union develops a pragmatic yet ambitious strategy that combines economic incentives, diplomatic tools, and long term commitments to sustain this strategic axis.

Orientador(es)
GUILHERME FERREIRA SORGINE

Catalogação
2025-08-07

Tipo
[pt] TEXTO

Formato
application/pdf

Idioma(s)
PORTUGUÊS

Referência [pt]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=72251@1

Referência [en]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=72251@2

Referência DOI
https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.72251


Arquivos do conteúdo
NA ÍNTEGRA PDF