[pt] ESTADO-NAÇÃO, IDENTIDADES, MEMÓRIA E CULTURA GUINEENSE EM KIKIA MATCHO E MISTIDA

[en] NATION-STATE, IDENTITIES, MEMORY AND GUINEAN CULTURE IN KIKIA MATCHO AND MISTIDA

[pt] RICARDO AGUINELO AQUIXINCO GOMES CA

[pt] GUINE BISSAU

[pt] FILINTO DE BARROS

[pt] MEMORIA

[pt] IDENTIDADE

[en] GUINEA BISSAU

[en] FILINTO DE BARROS

[en] MEMORY

[en] IDENTITY

[pt] Esta tese promove uma análise das relações entre literatura, identidades, memória e cultura guineense na obra Kikia Matcho (1997), de Filinto de Barros e Mistida (1997), de Abdulai Sila, sob a perspectiva do diálogo nessas vertentes, tendo em vista o passado colonial e os consequentes processos da construção do Estado-nação e da resistência das culturas locais. Sila e Barros discutem marcas do passado literário e cultural da Guiné-Bissau e suas obras procuram definir perspectivas de afirmação histórica e política, por meio de atitudes individuais e dos movimentos culturais que impulsionaram a revolução da independência. Além disso, trata-se de compreender a importância das marcas de oralidade nessas narrativas. O método escolhido para o desenvolvimento da pesquisa é o analítico-descritivo e de cunho bibliográfico, considerando-se Kikia Matcho (1997) e Mistida (1997) como objetos do estudo. Para tanto, o trabalho apresenta, como fundamentação teórica, Alfredo Bosi (2002) sobre narrativa e resistência, Edward Said sobre o papel do intelectual como porta-voz; Moema Augel (2007), Mia Couto (2005), Mata (2014), Hall (2006) e Hamilton (1999) em suas reflexões sobre a questão dos vícios coloniais na formação da identidade nacional. Como resultado, os romances apresentam, de diferentes modos, entrecruzamentos entre a história e a ficção, denunciando os problemas sociais e políticos enfrentados pelos guineenses em vários momentos de sua história até os dias atuais. Nessas denúncias, afirmam-se sentidos de resistência cultural e de afirmação identitária.

[en] This dissertation promotes an analysis of the relations between literature, identities, memory and Guinean culture in the work Kikia Matcho (1997), by Filinto de Barros and Mistida (1997), by Abdulai Sila, from the perspective of dialogue in these aspects, considering the colonial past and the consequent processes of construction of the nation state and the resistance of local cultures. Sila and Barros discuss marks of GuineaBissau s literary and cultural past, and their works seek to define perspectives of historical and political affirmation, through individual attitudes and cultural movements that drove to the independence revolution. Furthermore, it is a question of understanding the importance of oral marks in these narratives. The method chosen for the development of the research is the analytical-descriptive and bibliographic in nature, considering Kikia Matcho (1997) and Mistida (1997) as objects of study. The work presents, as a theoretical foundation, Alfredo Bosi s work (2002), on narrative and resistance, Edward Said on the role of the intellectual as spokesperson; Moema Augel (2007), Mia Couto (2005), Mata (2014), Hall (2006), and Hamilton (1999), on the issue of colonial vices in the formation of national identity. As a result, the novels present, in different ways, intersections between history and fiction, denouncing the social and political problems faced by Guineans at various moments in their history up to the present day. In these complaints, senses of cultural resistance and identity affirmation are asserted.

ALEXANDRE MONTAURY BAPTISTA COUTINHO

JULIO CESAR VALLADAO DINIZ

SILVIO RENATO JORGE

ALEXANDRE MONTAURY BAPTISTA COUTINHO

DANIEL MARINHO LAKS

ÉRICA CRISTINA BISPO

2025-08-01

2025-05-06

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https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.72069