[pt] A FORMAÇÃO E O TRABALHO DOS EDUCADORES AMBIENTAIS: UM DIÁLOGO COM AS MEMÓRIAS

[en] THE FORMATION TRAJECTORIES AND THE UNIVERSE OF WORK OF ENVIRONMENTAL EDUCATORS: A DIALOG WITH THE MEMORIAL TEXTS

[pt] CLAUDIA LINO PICCININI

[pt] TRABALHO

[pt] FORMACAO

[pt] EDUCACAO AMBIENTAL

[en] WORK

[en] FORMATION

[en] ENVIRONMENTAL EDUCATION

[pt] Nesta tese optou-se por compreender as escolhas, as trajetórias formativas e do mundo do trabalho de uma categoria profissional reconhecida como educadores ambientais. Iniciou-se com estudos das problemáticas atuais da Educação Ambiental (EA), da sua institucionalização e da profissionalização dos quadros que atuam neste campo e, considerando que a EA está contemplada na legislação nacional em todos os ní­veis e modalidades de ensino, da sua inserção nas políticas educacionais. Parte -se do materialismo histórico de Marx e Engels para compreender o mundo do trabalho na contemporaneidade e da perspectiva gramsciana para pensar estes educadores como intelectuais. Estudos recentes do campo da EA ajudam a problematizar as questões centrais que emergem do texto dos memoriais, fonte dos dados da pesquisa. Sob a orientação da teoria enunciativa de Bakhtin obteve-se do texto memorialí­stico mais do que uma simples interpretação das narrativas dos acontecimentos e das idéias, mas pode-se relacionar também as diversas trajetórias e ir além dos não-ditos. Tendo em foco a questão central de investigação - Como educadores ambientais traçaram seus caminhos de formação e de atuação profissional? - concluiu-se que a caracterí­stica primeira dessas trajetórias é a diversidade de espaços-tempo de acesso ao ambiental, que vão desde uma motivação inicial na infância, passando pelas opções possíveis na graduação, através da pesquisa e da extensão, até as iniciativas para lidar com as exigências do mundo do trabalho, chegando à  pós-graduação, que surge como forma de suprir as carências de uma formação inicial insuficiente para as demandas do campo ambiental crí­tico. Verifica-se o relato de uma grande variedade de atividades profissionais, direcionadas a públicos diversos, mas submetidas às estruturas alienantes e precarizadas do mundo do trabalho no capitalismo. O aumento da qualificação significa a ampliação dos loci, das funções e do tempo consumido pelo trabalho. Existe um registro discursivo dominante que tende a desconhecer os limites da educação para a transformação socioambiental. Considera-se que o processo de profissionalização está marcado pelos históricos embates e dualismos do campo multidisciplinar ou interdisciplinar, teoria ou prá¡tica, formação na graduação ou na pós-graduação, EA crí­tica ou EA tradicional que revelam aspectos muitas vezes contraditórios da formação e do exercício da EA.

[en] This piece of research endeavors to shed light on the formation trajectories and the universe of work of a professional category identified as environmental educators. To that purpose, an introductory discussion brings up present problems in the realm of Environmental Education (EE), its institutionalization, and the professionalization of its agents against a legal apparatus which contemplates EE on all levels and teaching modalities, requiring, therefore, its positive insertion in educational policies. Marx and Engels historical materialism provides the theoretical framework for the understanding of the contemporary universe of work along with Gramscian perspectives, which help think such educators as intellectuals. Recent studies in the realm of EE subsidize the central issues stemming from the memorial texts, the data source of this research. Under the light of Bakhtins enunciation theory, it has been possible to move further than just an interpretation of the narratives of happenings and ideas, reaching beyond the non-said. Before the central question of the investigation How have environmental educators traced their formation pathways and professional action? conclusions point to space-time diversity as for environmental access as the primary characteristic of those trajectories, unveiling a broad spectrum starting at an initial motivation in childhood, moving on through possible options in the undergraduate years with research and continuing education, up to the requirements presented by the universe of work, and reaching the graduate years, which emerge as a way to meet the needs of a precarious formation incapable of facing the demands from a critical environmental realm. Reports meant to a diversified public by a large variety of professional activities are examined, yet subject to alienating and precarious structures of the universe of work under capitalism. Higher qualification stands for the enlargement of the loci, functions, and of time consumed by work. There is a dominating discursive register which tends to ignore the limits of education to social environmental transformation. The professionalization process is marked by historical confrontations and dualisms either multidisciplinary or interdisciplinary, either theory or practice, formation in either the undergraduate or the graduate years, either critical or traditional EE many times unveiling contradictory aspects in the formation and the exercise of EE .

HEDY SILVA RAMOS DE VASCONCELLOS

HEDY SILVA RAMOS DE VASCONCELLOS

SONIA KRAMER

ANA WALESKA POLLO CAMPOS MENDONCA

EUNICE SCHILLING TREIN

ROSA MARIA CORREA DAS NEVES

2009-05-04

2009-03-27

[pt] TEXTO

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PORTUGUÊS

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=13416@1

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=13416@2

https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.13416