O presente artigo tem o objetivo de apresentar algumas considerações sobre a Constituição Dogmática Lumen Gentium, considerada o documento central do Concílio Ecumênico Vaticano II, além de reafirmar a sua importância para a Igreja mesmo nos dias de hoje. Sendo assim, este texto faz, no primeiro ponto, uma breve reconstituição histórica da elaboração do texto nas sessões em que ele foi discutido, até chegar ao documento aprovado pelos bispos e promulgado pelo Papa Paulo VI, a 21 de novembro de 1964. O segundo ponto analisa a ordem dos capítulos do texto do documento, a sua novidade, as suas ideias-chave, a inserção do esquema sobre Maria e, por fim, a Nota Prévia. O terceiro ponto aborda alguns aspectos teológicos presente no documento, sem a pretensão de realizar uma abordagem exaustiva diante da riqueza do texto, entre os quais a renovação na continuidade, a perspectiva trinitária, o lugar e o papel do leigo na Igreja, para finalizar com uma pergunta frequente: Qual a eclesiologia que se encontra na Lumen Gentium? Esta Constituição Dogmática merece ser revisitada para, assim, receber o lugar que lhe é devido no pensamento eclesiológico atual.