O trabalho se propõe a estabelecer o debate historiográfico do conceito de populismo através do diálogo entre as considerações de Francisco Weffort e Angela de Castro Gomes. O interesse é mostrar a complexidade do conceito que é constantemente recuperado em análises políticas e sociais de processos históricos no Brasil. Este estudo se preocupará em examinar, sobretudo, dois importantes livros para se pensar a lógica de compreensão do populismo brasileiro. Destacase, aqui, a produção de Weffort em O populismo na política brasileira (1978) e de Angela Gomes em A invenção do trabalhismo (1988), mas não fechando-se apenas a essas fontes. Assim, por meio destes entrecruzamentos de ideias, o objetivo principal é aprofundar-se nas interpretações do conceito e estabelecer potenciais caracterizações ao fenômeno do populismo.