A pesquisa realizada neste trabalho traz um breve panorama sobre o processo imigratório no Brasil, a partir de 1870. Entre 1870 e meados do século XIX, mais de 3 milhões de imigrantes entraram no país, dando ao povo brasileiro a característica de receptividade. Criou-se, então, na memória nacional uma imagem idílica de uma terra onde todos imigrantes seriam aceitos e bem vindos, sem quaisquer restrições. Os resultados da pesquisa, todavia, apontam que essas assertivas se mostraram contraditórias, pois as imposições e as legislações analisadas nunca foram favoráveis à entrada de quaisquer imigrantes, mas, sim, de alguns grupos que se tornaram, segundo o pensamento intelectual da época, fundamentais para o desenvolvimento social do Brasil. Problematizar a narrativa predominante sobre o processo imigratório visa jogar luz nos problemas escondidos por detrás dessa história, a qual esconde o preconceito velado não só de grande parte da elite dominante, como também de uma parcela considerável da população.