Durante muitos anos, grande parte da indústria de cosméticos atestou a segurança e efetividade de seus produtos através da testagem em animais vivos, muitas vezes envolvendo crueldade e isso ainda acontece nos dias de hoje, a despeito dos avanços e recomendações mundiais. O objetivo deste estudo foi verificar se a constatação de práticas de testes em animais na produção de cosméticos altera a percepção que os clientes têm a respeito das marcas. Trata-se de uma pesquisa exploratória quantitativa por meio de questionários estruturados de múltipla escolha aplicados a consumidores de uma empresa de cosméticos. Foram coletadas 61 respostas sendo a maioria eram mulheres entre 18 e 25 anos e ensino superior completo; 55,7 por cento busca por qualidade e aprova os produtos desta empresa; 78,7 por cento considera a proteção animal muito importante e a maioria relatou que não consumiria ou deixaria de comprar produtos de marcas que realizam testes em animais, mas 41 por cento não acredita que isto mude a qualidade do cosmético. É possível compreender que os participantes seguem as tendências já relatadas na literatura com relação à causa animal, com implicações para a indústria cosmética no sentido de investir em outros métodos de testagem a fim de manter sua reputação, no entanto não acreditam que a testagem altera a qualidade dos cosméticos.