Em economias emergentes, a população de baixa renda migra ao empreendedorismo como forma de contornar obstáculos, como a falta de empregos formais, ou até mesmo pela necessidade de independência, sendo considerado, o empreendedorismo, um vetor da prosperidade e do desenvolvimento nessas economias. Destaca-se, portanto, a criação de pequenos negócios, incluindo o autoemprego. Considera-se que o capital humano, bem como habilidades individuais desses empreendedores, importantes para a sobrevivência do negócio. Contudo, a carência delas se mostra presente, juntamente com a falta de estrutura, a informalidade e a falta de capacitação, sendo um problema para o desenvolvimento desses negócios. Isto posto, programas de treinamento em gestão podem ser um fator essencial para aprimorar as habilidades desses empreendedores, contribuindo no desempenho do negócio. Dessa forma, dentro do contexto brasileiro, um grande apoiador nacional para o desenvolvimento dos pequenos negócios é o Sebrae, a exemplo do programa de treinamento TOP Empreendedor, programa ofertado a microempreendedores formalizados de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro. Em vista disso, este estudo buscou realizar uma avaliação do impacto do programa por meio de testes T e de regressões lineares para 55 e 46 microempreendedores em 2020 e 2021, respectivamente. Os resultados sugerem que o treinamento se mostra mais benéfico para empreendedores com menor conhecimento prévio, que aspectos ligados à motivação impactam suas práticas de negócio, mas que não há como confirmar o impacto das práticas de negócio no desempenho, ainda que se tenha detectado o aumento do desempenho entre antes e depois do treinamento.