Esta dissertação tem por objetivo analisar a vida de Dietrich Bonhoeffer dentro do contexto da Alemanha no início do século XX. A sua vida se desenrolou como um homem que foi movido pela fé e a recepção de um chamado divino no mundo. Nos primeiros capítulos o leitor é situado nos anos iniciais de Dietrich Bonhoeffer, seu nascimento e a sua família. Em seguida são relatados sua formação teológica e seus primeiros passos no ministério pastoral. O texto continua com à ascensão do partido nazista e sua consolidação no poder, assim como o uso do aparelhamento do Estado alemão para aliciar as igrejas de diferentes confissões para a prática da doutrinação nazista. É abordado a teologia do Reich, a sua forma e a movimentação política, como o induzimento ao alemão comum a entender a raça ariana como superior a outros grupos e uma visão deturpada do evangelho. É exposta a resistência de Dietrich Bonhoeffer tratada em três frentes amplas que estão diluídas pela dissertação. Uma resistência teológica: que com seus sermões nos diferentes púlpitos, na rádio, na rua, dentro da sua família, e até no encarceramento contribuíram ao enfrentar Hitler e o nazismo. Procurou abrir os olhos dos alemães para realmente enxergar o mal que o nazismo representou. Uma resistência eclesiástica: por não aceitar que diversas confissões, incluindo a sua igreja, o parágrafo ariano no luteranismo. Como única saída se desligou da igreja, aceitando o convite do pastor Niemöller para dirigir um seminário totalmente à margem do Estado Alemão, para iluminar as jovens mentes a resistir ao mal que a imperava. Uma resistência política: Bonhoeffer levou informações para os seus aliados na Inglaterra através do bispo George Bell que foi o seu contato. Também participou de uma operação para a retirada dos judeus da Alemanha para à Suíça. Ele estava envolvido em um círculo de resistência com a finalidade do assassinato de Hitler. Como cidadão expressou sua atividade política daquilo que acreditava ser o certo e o ético a se cumprir como cristão. Por último é apresentado a sua prisão, os anos finais que contribuíram para o amadurecimento teológico e o crescimento da sua fé. A sua morte é tratada no texto como um martírio moderno, mesmo com a existência de contornos políticos.