A geração Millennials, apontada como preguiçosa e narcisista ganha nesse estudo uma nova investigação midiática, jornalística, que busca observar metodologicamente quais são as representações desse jovem no cotidiano. Especificamente contempla o aprofundamento nas pesquisas entre a ideia de trabalho para tal geração atravessada por características de lazer configurando um tipo ideal da atividade laboral. Esta tese parte de uma premissa elaborada por meio de entrevistas em profundidade realizadas no mestrado. Durante o período de produção da dissertação foi observado que os Millennials, assim mercadologicamente categorizados, apontavam no âmbito do trabalho para um aspecto típico-ideal ao qual era delineado com características e ideias lúdicas. Peculiaridades estas muito próximas da proposta oferecida pela empresa Google, que tem um jeito de trabalhar bastante particular. As representações midiáticas da empresa, por sua vez, são atribuídas a um imaginário de experiências que podem ser vistas em documentários, filmes e reportagens em geral. Ao perceber a narrativa dos entrevistados no mestrado a pesquisa de doutorado buscou analisar as contribuições neoliberais que corroboram para as mudanças na subjetividade do indivíduo configurada através das influências de forças exteriores a ele, como grandes corporações e, claro, seu próprio trabalho. A juventude diante de tais intervenções anseia por um tipo específico de trabalho e atender expectativas sociais. Decorrências distintas que revelam um cotidiano marcado por desejos e frustrações. O título da tese Realidade vs. Expectativa revela indícios de que os dados encontrados na metodologia, Análise de Conteúdo, não seguem por caminhos demarcados pela régua geracional.