A presente dissertação trata da aplicabilidade da cartografia geomorfológica e da geodiversidade ao geoturismo do Parque Nacional da Tijuca, localizado no Município do Rio de Janeiro (RJ). O trabalho possui como objetivo a construção do mapeamento geomorfológico e caracterização da geodiversidade do Parque, fornecendo propostas de aplicação ao geoturismo. A área de estudo está inserida no Maciço da Tijuca no alto curso da bacia de drenagem do rio Tijuca (Setor A- Floresta da Tijuca). Os métodos utilizados foram baseados em técnicas de geoprocessamento e trabalho de campo, divididos em mapeamento geomorfológico, índice de geodiversidade, mapeamento geológico e inventário de sítios de geodiversidade. A geologia é caracterizada pela presença de gnaisses ortoderivados e paraderivados, quartzitos e granitos. O relevo é representado por serras escarpadas, morros altos, colinas e rampas de tálus, colúvio e alúvio. O mapa geomorfológico se baseou na análise do índice de posição topográfica, na qual gerou 10 classes, fornecendo detalhes sobre as vertentes. O índice de geodiversidade, representado por densidade de kernel, forneceu a espacialização da variedade dos elementos abióticos, alternando entre muito baixa e muito alta. O mapa geológico apresentou o detalhamento das litologias encontradas na bacia do rio Tijuca, com destaque a grande presença de quartzitos do Grupo São Fidélis e ortognaisses do Complexo Rio Negro. Foram descritos 28 sítios de geodiversidade, que forneceram muitas informações úteis para a promoção do geoturismo dentro do Parque. A maioria dos pontos de visitação do alto curso da bacia do rio Tijuca possuem caráter geológico e geomorfológico, porém as informações sobre geodiversidade não estão disponíveis. A criação de placas, folder, mapas e diálogos com visitantes e moradores das áreas vizinhas do Parque, irão contribuir na conscientização do público e impulso da divulgação científica.