A pandemia do novo coronavírus representou um grande obstáculo para o sistema de saúde mundial. Inúmeros países, dentre eles, o Brasil, enfrentaram a escassez de recursos primordiais para o combate ao patógeno. Tal fato foi consequência deste, além de possuir alta transmissibilidade, ser desconhecido e não dispor de tratamento específico. Na tentativa de contornar os desafios impostos pelo cenário pandêmico, houve a criação de hospitais de campanha, contratação de profissionais e aquisição de leitos e equipamentos. Todavia, as medidas adotadas foram incipientes na contenção do vertiginoso crescimento da curva de mortalidade. Neste contexto, dentre os Estados brasileiros mais afetados pela onda de contaminação pela COVID-19, pode-se destacar o Rio de Janeiro. Dessa forma, buscou-se uma melhor compreensão da quantidade de óbitos registrados para os contaminados na região em questão. Para tal, traçou-se um paralelo com variáveis pertinentes ao plano de contenção adotado pelo governo do Estado. A análise fundamentou-se na elaboração de uma regressão linear múltipla, onde o número de mortes foi explicado pela quantidade de leitos, respiradores, raios X e profissionais de enfermagem e medicina. Como resultado, constatou-se um relacionamento inversamente proporcional de maior intensidade com o número de leitos, após o descarte de uma das preditoras assumidas.