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Título: O EFEITO DOS KNOWLEDGE SPILLOVERS SOBRE O DESEMPENHO INOVADOR E O CRESCIMENTO DAS FIRMAS DE MANUFATURA COLOMBIANAS
Autor: LUIZ FERNANDO DE PARIS CALDAS
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  JORGE FERREIRA DA SILVA - ORIENTADOR
FABIO DE OLIVEIRA PAULA - COORIENTADOR

Nº do Conteudo: 47890
Catalogação:  07/05/2020 Liberação: 20/09/2020 Idioma(s):  PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47890&idi=1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=47890&idi=2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.47890

Resumo:
A inovação impulsiona o crescimento econômico e se conecta com o ciclo evolutivo das firmas, que lançam novos produtos em uma busca contínua pela melhoria do desempenho. Com o advento da inovação aberta, mais firmas passaram a complementar sua base de conhecimentos e a abastecer o processo inovador com fontes externas. Entretanto, quando a inovação é desenvolvida, parte dos novos conhecimentos também se torna pública por meio dos knowledge spillovers, potencialmente beneficiando outras firmas. A relação entre o desempenho inovador e as fontes externas de conhecimento, como a colaboração da firma com seus parceiros, foi amplamente estudada em mercados desenvolvidos. Contudo, o mesmo não se observa para os knowledge spillovers, especialmente no caso de países menos avançados em relação a inovação. Este estudo analisou em que medida os conhecimentos externos fornecidos pela colaboração com parceiros, e, em especial, pelos knowledge spillovers da indústria, afetam o desempenho inovador de produto e o crescimento das firmas. Foi proposto um modelo conceitual para mensurar a contribuição relativa dessas fontes, bem como o impacto exercido pelo porte das firmas sobre as relações estudadas. A análise foi conduzida para uma amostra de 913 firmas de manufatura colombianas, com dados extraídos da pesquisa sobre inovação EDIT, para o período de 2011 a 2016. As hipóteses foram testadas utilizando a técnica de modelagem de equações estruturais. Para entender o impacto do porte das firmas foi empregada a análise multigrupo. Os resultados apoiaram a maioria das hipóteses e forneceram alguns insights. Os efeitos positivos da colaboração da firma sobre o desempenho inovador de produto foram corroborados, revelando que ambientes escassos em recursos, como o da Colômbia, incentivam a colaboração independentemente do porte da firma. Quanto aos efeitos positivos dos knowledge spillovers da indústria sobre o desempenho inovador de produto, o suporte foi dependente do porte da firma. Para as pequenas e médias empresas (PMEs), esses efeitos não apenas foram confirmados, como se provaram superiores aos da colaboração com parceiros. Esse achado evidenciou que os knowledge spillovers da indústria são a fonte mais relevante na explicação do desempenho inovador de produto das PMEs colombianas, mesmo quando a colaboração da firma também é significativa. No caso das grandes empresas (GEs), a contribuição direta dos knowledge spillovers da indústria sobre o desempenho inovador de produto não foi significativa, possivelmente relacionada a sua maior abundância interna de recursos. Já para o efeito moderado pela capacidade absortiva, a contribuição foi negativa, possivelmente indicando que as perdas de conhecimentos geradas pelos outgoing spillovers estão prejudicando o desempenho inovador de produto das GEs. O estudo também corroborou que o crescimento das firmas de ambos os portes é positivamente influenciado pelo seu desempenho inovador. Entretanto, os resultados para os knowledge spillovers da indústria sugerem que as PMEs colombianas podem estar se comportando oportunisticamente, pegando carona excessiva nos investimentos em P&D das GEs, o que pode reduzir os incentivos dessas últimas em seguir investindo em inovação. Espera-se que os achados desse estudo contribuam com os esforços da Colômbia em criar melhores condições para que a inovação prospere.

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