Esta dissertação apresenta resultados da pesquisa sobre as condições de trabalho dos trabalhadores da construção civil do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj, que sofreram demissões em massa no período compreendido entre o final de 2014 e o início de 2015. A pesquisa se ateve a trazer elementos sobre as trajetórias ocupacionais desses trabalhadores, observando quais espaços laborais ocupavam antes de trabalhar no Comperj, e como vem se desenvolvendo o processo de realocação no mercado de trabalho desde a paralisação das obras no Complexo. Para a realização deste estudo, foram utilizados instrumentos de investigação como pesquisa bibliográfica, iniciada no projeto de pesquisa, busca por obras recentes sobre o tema nas plataformas, nos bancos de dados, repositórios de teses e dissertações, e, principalmente, por intermédio de entrevistas e observações realizadas no campo empírico da pesquisa. Os dados coletados e analisados sobre as repercussões do rompimento dos contratos com os trabalhadores do Comperj, bem como suas condições de trabalho atuais, revelaram a dificuldade em inserção em postos de trabalho formais dentro de áreas específicas do setor de construção civil e, por conseguinte, o aumento da informalidade e depreciação do preço de sua força de trabalho. A pesquisa mostrou, ainda, as estratégias criadas pelos trabalhadores para tentar driblar o desemprego e suas expectativas de contratação na retomada das obras do Comperj.