Um dos grandes medos da humanidade é o do sofrimento na hora da morte. Há a crença de que esse momento sempre é acompanhado de dor extrema e de um sofrimento insuportável e, até mesmo, de que há a necessidade do enfermo estar inconsciente nessa hora. Porém existem modelos alternativos de gestão de fim de vida, como os Cuidados Paliativos que destinam-se a assistir os pacientes sem possibilidade de cura, sendo um modelo de cuidado que considera o processo de morrer como parte da vida. O objetivo deste estudo é abordar os aspectos psicológicos do paciente, da família e dos profissionais de saúde envolvidos na prática dos cuidados paliativos. Utilizou-se a revisão bibliográfica como método investigativo. Realizou-se pesquisa nas bases de dados em língua portuguesa: SciELO, LILACS, BVS Psicologia, Index Psi Revistas Técnico- Científicas, Index Psi Divulgação Científica, Index Psi TESES, Index Psi TCCs, PePSIC, Portal Revistas USP e Anais de Congressos em Psicologia. Também foram analisados livros e artigos que se encontravam nas referências bibliográficas das fontes indexadas. Recorreu-se às palavras-chaves terminalidade; cuidados de fim de vida; cuidados paliativos; aspectos psicológicos; abordagem psicológica. Conclui-se que o paciente, a família e equipe de saúde vivenciam situações e sentimentos que abalam e desorganizam seu psiquismo ao se depararem com a inevitabilidade da morte. Cuidar do psicológico desses sujeitos é tão necessário quanto cuidar do aspecto físico, do social e espiritual, pois são formados por todos eles e precisam ser compreendidos em todas as suas dimensões. Dessa forma, a presença do psicólogo dentro da equipe multiprofissional se faz fundamental, para auxiliar na elaboração dos sentimentos e questões suscitadas pelo processo do morrer.