As palmeiras são encontradas em todos ambientes da floresta Amazônica, ocorrem da margem de igarapés aos afloramentos rochosos mais altos. Esta plasticidade ecológica aliada à morfologia característica da família faz perceptível sua presença na paisagem. O trabalho em sua totalidade teve como objetivo descrever a distribuição espacial da família Arecaceae ao longo da Serra da Neblina – AM, conceituando seus habitas, delimitação de suas ocorrências e padrões de distribuição populacional. Estas são observações possíveis somente em campo, que aliadas à metodologia e ferramentas tecnológicas dão origem a um inventario especifico da família para a região. Sendo assim, a metodologia desenvolvida em campo foi o dimensionamento de 19 unidades amostrais, com tamanhos variados, em picadas já abertas georreferenciadas com GPS. Foram identificadas 13 espécies de palmeiras na área, porém, em função de seus hábitos, apenas 9 são abordadas no trabalho. Os dados coletados foram riqueza de espécies, freqüência ao longo da altitude, densidade, abundância, diversidade e similaridade. Os resultados em síntese evidenciam que a dominância ao longo do gradiente altitudinal é variável, com tudo, os nichos e as espécies que neles ocorrem são perfeitamente delimitados. As maiores abundâncias de palmeiras ocorrem em platôs situados a 800-2100 m de altitude, caracterizando o ambiente de floresta de palmeiras. Entre todas as espécies destacam-se Socratea exorrhiza por sua frequência, ocorrendo de 90-1500 m de altitude, Bactris hirta pela maior densidade e abundancia em todos os ambientes e Euterpe catinga por sua dominância na floresta alto Montana.